O valor médio do metro quadrado na cidade de São Paulo atingiu R$ 59,18, o maior de toda a série histórica, iniciada em 2019. É o que mostra o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb de outubro. Já a alta em 12 meses ficou em 9,51% – a menor desde maio do ano passado.

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Na contagem, Vila Olímpia (R$ 92,8), Brooklin (R$ 82,60) e Vila Nova Conceição (R$ 81,70) são os bairros com metro quadrado mais caro, seguidos por Pinheiros (R$ 80,50) e Itaim Bibi (R$ 80,20).

Um apartamento de 1 quarto, com 45 m² quadrados, custa entre R$ 1.560 e R$ 1.710; com vaga na garagem, o valor pode chegar a R$ 1.960. O morador pode pagar até R$ 2.140 se a locação incluir mobília. Já um imóvel de 2 quartos (80m²) com essas características chega a R$ 2.770; com 3 quartos (120m²), a R$ 2.770

Os imóveis de 1 e 3 quartos, que chegaram a ter retração no valor em meses passados, voltaram a registrar uma alta. No caso dos apartamentos de um dormitório, o crescimento mês a mês foi de 0,54%. Já os de três dormitórios registraram uma alta mensal de 0,75%. Os imóveis de dois quartos continuam numa escalada que já perdura desde julho de 2021 – último mês com queda no preço. A alta em outubro foi de 0,45% na comparação com setembro.

Apesar do elevado preço médio do metro quadrado na cidade, dados do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb mostram que os clientes ainda encontram espaço para negociar. O desconto médio das transações feitas em setembro foi de 3,8% – percentual maior que o registrado no mesmo mês do ano passado.

Confira a lista dos 5 bairros que mais valorizaram nos últimos três meses em SP:

  • Jaguaré – 10,7%
  • Bosque da Saúde – 10,7%
  • Jardim Cidade Pirituba – 9,7%
  • Jabaquara – 8,6%
  • Vila Pompéia – 7,9%

São Paulo é uma das capitais que, apesar do valor ainda considerado alto nos imóveis, têm registrado uma desaceleração contínua nos preços do aluguel, ao lado do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.

Segundo o indicador, essas cidades vivenciaram nos últimos meses um forte período de aceleração dos preços, numa recuperação dos impactos da Covid-19 no mercado imobiliário. Com o fim desse “bônus positivo”, o ritmo de crescimento dos mercados começou a reduzir. Os preços seguem crescendo, mas em uma menor intensidade.

“O mercado observou taxas anuais de crescimento de dois dígitos, mas havia um componente de recuperação de um momento bastante negativo no preço dos imóveis. Findada a recuperação, esse crescimento tende a ser mais lento, o que temos observado em diferentes cidades do país”, ressalta Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.