Desde novembro de 2009, o setor de telefonia vive um intenso processo de consolidação no Brasil. Chegada de novos competidores, como os franceses da Vivendi, e mudanças de controle, com a entrada da Portugal Telecom da Oi, marcam esse período. Confira um resumo dos principais negócios recentes:

GVT e Vivendi
A Vivendi pagou R$ 7 bilhões para assumir o controle da GVT, empresa criada para ser espelho da Brasil Telecom.  Os franceses venceram os espanhóis da Telefônica nesta batalha. Neste ano, aumentaram os investimentos da companhia de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,5 bilhão. Acabam de anunciar a entrada no mercado paulista de varejo. Eles também se preparam para lançar sua oferta de tevê a cabo no Brasil. A grande fragilidade deste grupo é não ter uma operação de telefonia celular.
 
TIM e Intelig
Transação concluída em dezembro de 2009 por R$ 511 milhões. Com isso, a TIM Brasil herdou uma rede de fibra óptica de 16 mil quilômetros e um braço de telefonia de longa distância. Com fusão Telefônica e Vivo e a entrada da Portugal Telecom na Oi, está isolada, sem oferta de banda larga fixa e de telefonia fixa.

Telefônica e Vivo
Depois de uma batalha de mais de seis meses, os espanhóis da Telefônica conseguiram assumir o controle da Vivo. O valor do negócio foi de 7,5 bilhões de euros, um ágio de mais de 40% desde a primeira oferta no começo de maio. Com o negócio, vão passar a oferecer pacotes convergentes ? que incluem telefonia fixa, móvel, banda larga e tevê por assinatura. Ganham também abrangência nacional, pois estavam restritos ao estado de São Paulo.

Oi e Portugal Telecom
A saída da Portugal Telecom da Vivo ? da qual dividia o controle com a Telefônica ? a trouxe para a Oi. As caravelas portuguesas desembarcaram no novo território deixando R$ 8,4 bilhões para assumir 22,5% do capital da companhia, por meio de uma operação financeira complexa. Com o acordo, a Oi ganha um sócio estratégico com experiência de telecomunicações e um aporte de até R$ 12 bilhões que pode reduzir sua dívida líquida de mais de R$ 20 bilhões.

Embratel e Net
A Embratel, empresa de telefonia fixa que pertence a mexicana Telmex, do bilionário Carlos Slim, fez uma oferta pública de R$ 4,5 bilhões pelas ações preferenciais da companhia de tevê a cabo Net. A transação, se concluída, é o primeiro passo para a integração da Embratel com Net e Claro, braço de telefonia móvel que também pertence a Slim.