A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro informou hoje (11) que um suspeito foi morto em confronto na Vila Kennedy. A comunidade vem sendo alvo diário de ações das forças da intervenção federal.

O confronto começou durante patrulhamento do Batalhão de Operações com Cães (BAC), em uma área de mata, na divisa entre a Vila Kennedy e o bairro Senador Camará. De acordo com a PM, os policiais se depararam com indivíduos armados e foram recebidos com tiros, revidando a agressão.

Após a normalização da situação, Wilton César do Nascimento Ramos foi encontrado ferido e em posse de ilícitos. Ele foi socorrido, mas não resistiu e morreu. Com o suspeito estavam 41 trouxinhas de maconha, um tablete de maconha de 100 gramas, um radiotransmissor, um revólver calibre 12 e munição para a arma.

Com a intervenção federal no Rio de Janeiro, decretada no mês passado, a Secretaria Estadual de Segurança, à qual a PM é vinculada, está sob responsabilidade do general Richard Fernandez Nunes. Ele foi escolhido há cerca de duas semanas pela interventor, o general Walter Braga Netto. Na semana passada, Richard Nunes decidiu dar o comando da PM ao coronel Luis Claudio Laviano.

O crime organizado na Vila Kennedy se tornou o alvo prioritário das Forças Armadas nestas primeiras semanas de intervenção federal. Operações rotineiras vem sendo conduzidas na comunidade. Efetivos diários de cerca de 300 militares estão sendo empregados.

Tiroteiros

O Rio de Janeiro também registrou, ao longo do dia, tiroteios em mais três comunidades. Um dos episódio ocorreu logo de manhã na Cidade de Deus e foi relatado por moradores nas redes sociais.

Também na internet circularam vídeos com imagens da Rocinha, onde são ouvidos muitos disparos. De acordo com relatos postados nas redes sociais, os tiros ocorreram por volta das 7h. A PM informou que policiais da UPP Rocinha foram recebidos a tiros durante patrulhamento no Largo do Boiadeiro e houve confronto. Não foram fornecidos detalhes sobre feridos, prisões e apreensões.

Na Vila Cruzeiro, no bairro da Penha, mais de 70 pessoas ficaram feridas após uma correria em um baile funk durante a madrugada. Na versão compartilhada nas redes sociais pelo DJ Rennan da Penha, a confusão começou quando um homem tentou furar uma blitz policial na entrada do evento e foram feitos disparos para o alto. A PM, no entanto, disse que não houve ação da corporação no local.

Segundo informações do Hospital Estadual Getulio Vargas, no mesmo bairro dezenas de feridos foram atendidos na unidade. Houve registro de pessoas queimadas por óleo de uma fritadeira, que foi derrubada durante a correria.