O conglomerado de luxo francês Kering, dono da Gucci, fechou um acordo para comprar em dinheiro, por € 1,7 bilhão (R$ 8,8 bilhões), uma participação de 30% na grife italiana Valentino, que pertence a Mayhoola, uma empresa de investimentos do Catar.

Com a compra, a Kering visa fortalecer seu fluxo de receita enquanto luta para recuperar a Gucci, sua antiga potência. A Kering divulgou na quinta-feira receitas de € 10,1 bilhões (R$ 52,6 bilhões) no primeiro semestre, um aumento de 2%, diante da estagnação das vendas da Gucci.

Em relação ao acordo anunciado, a Kering tem a opção de comprar 100% da Valentino até 2028. A parceria pode levar a Mayhoola a se tornar acionista da própria Kering, bem como outras potenciais “oportunidades conjuntas”, disse comunicado da empresa.

O presidente e CEO da Kering, François-Henri Pinault, manifestou admiração pela “evolução da Valentino sob o controle da Mayhoola”, que a Kering disse ter transformado a marca “em uma das casas de luxo mais admiradas do mundo”.

“Estou muito satisfeito com este primeiro passo em nossa colaboração com a Mayhoola para desenvolver a Valentino e seguir a forte jornada estratégica de elevação da marca”, disse ele, citando o papel do CEO da Valentino, Jacopo Venturini, que “continuará a liderar” a empresa.

A Gucci, que ainda responde por quase metade das receitas da Kering, está passando por uma reestruturação, com uma nova equipe de gestão e um novo diretor criativo, Sabato De Sarno, que apresentará sua primeira coleção durante a Semana de Moda de Milão, em setembro.

A Valentino, fundada por Valentino Garavani em 1960, registrou receita de € 1,4 bilhão (R$ 7,3 bilhões) em 2022.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.