A Honda está levando a sério demais seu interesse pelo mercado de cortadores de grama. A ponto de criar um modelo digno do Guinness World Records (o livro dos recordes). A marca campeã, neste caso, não é a de quantidade de folhas verdes que ele consegue extrair do solo e sim de velocidade. Sua primeira versão, lançada em 2014, levou apenas 6,29 segundos para acelerar de 0 a 160 km/h (a medição foi feita em milhas). É mais rápido que um Nissan GTR. A velocidade final bateu os 188 km/h. Em 2019, uma atualização do modelo o Mean Mower V2, foi ainda mais rápido. Agora, a ferramenta de jardinagem mais potente da história cravou a impressionante velocidade máxima de 215 km/h. 

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Para andar tão rápido, ele exigiu que seis engenheiros dedicassem 400 horas ao projeto. O motor de quatro cilindros e 999 centímetros cúbicos  foi retirado de uma moto, a superbike CBR 1000RR. Com 203 cavalos e pesando 220 quilos, sua relação peso/potência é de 850 hp por tonelada. E isso é mais que o Bugatti Veyron. Isso leva a duas perguntas. A primeira: se ele é tão rápido assim, será que as lâminas de 15 centímetros de fibra de carbono chegam a cortar alguma coisa? E a segunda: por que a Honda criou algo assim?

A resposta está em uma disputa com outra montadora de carros, a GM. A divisão inglesa de ferramentas da Honda tem uma parceira com a Team Dynamics Motorsport, que sugeriu à marca japonesa construir algo assim para superar as marcas do até então recordista Viking T6, com motor de um Chevrolet Corvette V8. Desafio aceito, desenvolveram o Mean Mower e foram testá-lo no deserto da Califórnia. Existe grama por lá? Não. Mas quem se importa? Tirando o motor, todo o resto é componente padrão, como o assento de superkart em carbono, além de alguns elementos feitos em em impressora 3D.