Um branco e um tinto que estão chegando agora ao mercado têm a amizade como ponto de partida. E, cada um a seu modo, conseguem traduzir na forma de bebidas de alta complexidade o espírito que emana do trabalho realizado a partir da colaboração. Primeiro, as damas. Amitié (amizade, em francês) é a jovem e potente empresa criada por duas amigas: a enóloga Juciane Casagrande Doro enóloga e pela sommelière Andreia Gentilini Milan.

Sem vinhedos nem cantina próprias, elas produzem sempre em parceria com outras vinícolas, em várias regiões do País. Seu portfólio, em constante expansão, já acumula diversos prêmios internacionais. A novidade é a edição limitada em 12 mil garrafas de um rótulo foi elaborado na Serra Gaúcha com 100% da casta Viognier (chegará custando R$ 104,90 no site espumantesamitie.com.br).

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A variedade branca que, segundo Juciane, “demanda cultivo delicado e costuma ter baixo rendimento”, tem como característica os aromas frutados (de pêssego e tangerina) com notas florais, especialmente rosas brancas. Esse buquê foi potencializado pela passagem em barricas de carvalho francês por seis meses. Na visão de  Andreia, a madeira “conferiu ao rótulo complexidade e um toque amanteigado”. A sugestão é harmonizar com saladas, peixes e frutos do mar.

Agora, o tinto. Corte Brasileiro é o nome do primeiro vinho elaborado no Brasil a partir de financiamento coletivo. A iniciativa foi do enólogo Alexandre Chave e dos executivos Andrei Dalla Vecchia e Mouses Marcolin Fontoura, apaixonados por vinho e sócios na Bodega Três Amigos. Em vez de buscar empréstimo para viabilizar a produção, eles reuniram 90 apoiadores de 12 estados e do Distrito Federal interessados em contribuir para tornar realidade o sonho de fazer um vinho fora da curva.

Corte Brasileiro foi o nome escolhido para o rótulo que combina uvas de três países: a portuguesa Touriga Nacional; a francesa Merlot; e a italiana Ancellota. Elas foram adquiridas de um pequeno produtor da Serra do Sudeste (RS) e vinificadas conjuntamente na origem, em Encruzilhada do Sul. “Optamos pela cofrementação, com as três variedades no mesmo tanque”, afirmou o enólogo Chaves. “Buscamos realizar os processos tradicionais dos grandes vinhos, com utilização de geleo seco para estender a maceração a frio ir 48 horas”, disse. Uma parte da produção (apenas 1 mil garrafas) permaneceu em barricas de carvalho francês e americano por 400 dias. Estão à venda por R$ 369. Ouras 1,1 mil unidades foram engarrafadas sem passagem por madeira e custam R$ 282 no site bodegatresamigos.com.br.

Quem aderiu ao crowdfunding pagou antecipadamente apenas R$ 150 por garrafa e pôde acompanhar todo o processo de elaboração por meio de um perfil exclusivo no Instagram e de um grupo no WhatsApp. Agora, poderão apreciar um vinho tão sofisticado quanto original, desde a escolha do corte até o desenho do rótulo. E que, assim como Viognier da Amitiè, teve a tampa selada com cera. “Queremos mostrar que é possível atravessar as adversidades com criatividade e ousadia”, disse Chaves. E claro, com a amizade no centro de tudo.

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