16/06/2018 - 11:09
O Conselho de Administração da International Meal Company (IMC), dona das redes Frango Assado e Viena, aprovou na noite de ontem (15) acordo de fusão com a Sapore, uma das maiores fornecedoras de alimentação para empresas do País. Conforme fato relevante, a combinação dos negócios entre as duas companhias resultará em uma empresa com faturamento superior a R$ 3 bilhões e operações complementares nos segmentos de serviços e varejo de alimentos. No total, serão mais de 1,4 mil pontos de vendas, distribuídos em cinco países, e com uma equipe de cerca de 25 mil funcionários.
Como parte da operação de fusão, será realizada uma oferta pública voluntária, lançada pela Sapore, para a aquisição de até 25% das ações da IMC, pelo preço de R$ 9,30 por papel, que corresponde à média ponderada pelo volume da cotação das ações nos últimos 30 dias até sexta-feira, acrescida de um prêmio de 20,4%.
No pregão de ontem, rumores sobre o acordo impulsionaram o papel da IMC, que fechou o pregão em alta de 7,70%, cotado a R$ 8,35. Durante a manhã, os negócios com as ações chegaram a ser suspensos na B3, após atingirem valorização superior a 10%. A companhia divulgou fato relevante desmentindo o negócio, em resposta a reportagens na imprensa nacional, mas admitiu a existência de conversas com a Sapore.
Voltando à operação de fusão, numa segunda etapa, após aprovação pelos acionistas da IMC em assembleia extraordinária a ser agendada, a Sapore será incorporada e ficaria com 35% do negócio. Ao fim da operação, os acionistas da Sapore tornem-se titulares de ações da IMC correspondentes a até 41,79% do capital social.
Será eleito ainda um novo conselho de administração, com quatro membros a serem indicados pela Sapore, incluindo o presidente do colegiado, e três integrantes indicados pela IMC. Atual presidente da IMC, o executivo Newton Maia será o CEO da companhia combinada e os atuais diretores serão reeleitos para um novo mandato de dois anos, sem alteração na estrutura ou nos cargos da diretoria.
Adicionalmente, os acionistas terão, por um período de três anos a partir da consumação da fusão, o direito de voto limitado a 15% do total de ações ordinárias de emissão da empresa, com exceção dos acionistas e controladores diretos ou indiretos da Sapore, cujos votos não estarão sujeitos à limitação. A operação será analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).