28/04/2014 - 14:59
O Conselho de Estado da França deu razão a Leonardo ao rejeitar nesta segunda-feira o recurso da Federação Francesa de Futebol (FFF), que pedia a que a suspensão do ex-diretor esportivo do Paris Saint-Germain depois de um incidente com um árbitro fossa mantida.
A FFF também terá que indenizar o brasileiro em 3.000 euros.
O ex-lateral havia sido suspenso até o dia 30 de junho de 2014 por ter supostamente empurrado o árbitro Alexandre Castro depois da partida entre PSG e Valenciennes, no dia 5 de maio de 2013. No dia 10 de julho, Leonardo renunciou ao cargo de dirigente.
O tribunal administrativo de Paris anulou a sanção no dia 15 de outubro e a FFF recorreu diante do Conselho de Estado, que acabou absolvendo definitivamente o brasileiro, alegando que ele não era licenciado da federação.
“O Conselho de Estado confirmou a decisão do juiz, ao julgar que resulta de disposições aplicáveis no código do esporte, segundo o qual uma federação esportiva é autorizada a pronunciar uma sanção disciplinar apenas contra pessoas que, na data da decisão do órgão competente, têm a qualidade de licenciado daquela federação”, explicou a entidade.
“O Conselho de Estado entendeu que federações não têm o poder de punir pessoas que participariam, sem ser licenciadas, de competições organizadas por estas federações”, completou o Conselho de Estado.
“Leonardo está satisfeito e aliviado”, declarou à AFP o advogado de Leonardo, Christophe Bertrand.
Na audiência do dia 9 de abril, o brasileiro não havia descartado processar a FFF por prejuízo moral.
“O certo é que houve prejuízo moral. Isso me afetou profissionalmente. Não pude trabalhar durante 14 meses. Como posso chegar num clube e dizer: ‘vamos começar em abril, mas se perder o caso na justiça, vou ter que parar'”, tinha declarado Leonardo na época.
O brasileiro deixou claro que não pretende voltar a assumir qualquer função no PSG. “Quero virar a página. Recusaria. Agora quero ser técnico de novo. Quero sentar no banco”, confessou.
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