O Conselho de Estado da França deu razão a Leonardo ao rejeitar nesta segunda-feira o recurso da Federação Francesa de Futebol (FFF), que pedia a que a suspensão do ex-diretor esportivo do Paris Saint-Germain depois de um incidente com um árbitro fossa mantida.

A FFF também terá que indenizar o brasileiro em 3.000 euros.

O ex-lateral havia sido suspenso até o dia 30 de junho de 2014 por ter supostamente empurrado o árbitro Alexandre Castro depois da partida entre PSG e Valenciennes, no dia 5 de maio de 2013. No dia 10 de julho, Leonardo renunciou ao cargo de dirigente.

O tribunal administrativo de Paris anulou a sanção no dia 15 de outubro e a FFF recorreu diante do Conselho de Estado, que acabou absolvendo definitivamente o brasileiro, alegando que ele não era licenciado da federação.

“O Conselho de Estado confirmou a decisão do juiz, ao julgar que resulta de disposições aplicáveis no código do esporte, segundo o qual uma federação esportiva é autorizada a pronunciar uma sanção disciplinar apenas contra pessoas que, na data da decisão do órgão competente, têm a qualidade de licenciado daquela federação”, explicou a entidade.

“O Conselho de Estado entendeu que federações não têm o poder de punir pessoas que participariam, sem ser licenciadas, de competições organizadas por estas federações”, completou o Conselho de Estado.

“Leonardo está satisfeito e aliviado”, declarou à AFP o advogado de Leonardo, Christophe Bertrand.

Na audiência do dia 9 de abril, o brasileiro não havia descartado processar a FFF por prejuízo moral.

“O certo é que houve prejuízo moral. Isso me afetou profissionalmente. Não pude trabalhar durante 14 meses. Como posso chegar num clube e dizer: ‘vamos começar em abril, mas se perder o caso na justiça, vou ter que parar'”, tinha declarado Leonardo na época.

O brasileiro deixou claro que não pretende voltar a assumir qualquer função no PSG. “Quero virar a página. Recusaria. Agora quero ser técnico de novo. Quero sentar no banco”, confessou.

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