08/04/2025 - 14:37
O programa Crédito do Trabalhador soma R$ 4,4 bilhões em empréstimos, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O balanço do programa com dados coletadas até as 17 horas da segunda-feira, 7, aponta que foram firmados 783.064 contratos com 773.054 trabalhadores. O valor médio de empréstimo é de R$ 5.771.62, sendo o valor médio das parcelas de 340,03 e com prazo médio de pagamento de 16 meses.
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O MTE informou à IstoÉ Dinheiro que ainda não há levantamento oficial sobre as taxas de juros que estão sendo praticadas nem as informações segmentadas por bancos.
Em operação desde o dia 21 de março, o programa visa oferta de crédito consignado ao trabalhador CLT com juros mais baixos que os operados no mercado de crédito padrão. A ideia é que trabalhadores da iniciativa privada acessem crédito mais barato com desconto direto em folha, assim como o consignado disponível para os servidores públicos e os beneficiários do INSS.
Crédito mais barato
Um dos efeitos esperados pelo governo com o programa Crédito do Trabalhador é a redução da taxa de juros dos empréstimos. O programa não tem um teto de juros determinado, como no consignado de servidores públicos e beneficiários do INSS, que não pode passar de 1,85% ao mês.
Mas a ideia do governo é que com uma diversidade de instituições financeiras participando, a concorrência pressione a taxa para baixo. No lançamento do programa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou em taxas pela metade das praticadas atualmente.
De acordo com dados de janeiro deste ano do Banco Central, a taxa média de juros no consignado pessoal para trabalhadores da iniciativa privada está em 41,2% ao ano.
Procuross por IstoÉ Dinheiro, os principais bancos – com exceção de Banco do Brasil e Caixa, não estão divulgando a taxa de juros oferecidas em seus contratos.
No Banco do Brasil, a taxa oferecida está entre 1,46% e 3% ao mês. Já na Caixa as taxas oferecidas estão entre 1,60% e 3,17% ao mês.
Como são definidos valores e taxa de empréstimo?
Para fazer a proposta de empréstimo, as instituições financeiras avaliam o tempo de trabalho, o salário e as garantias oferecidas na solicitação. O trabalhador pode optar por oferecer até 10% do FGTS como garantia e 100% da multa rescisória, mas também tem a opção de não apresentar garantias. Com essas informações, a instituição financeira analisa o risco e define a concessão do crédito. Além disso, o trabalhador não pode comprometer mais de 35% de sua renda com as parcelas mensais.
O programa está disponível para 47 milhões de trabalhadores formais, incluindo 2,2 milhões de domésticos, 4 milhões de trabalhadores rurais, além de empregados de MEls.
Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a estimativa é que, em até quatro anos, cerca de 19 milhões de celetistas optem pela consignação dos salários, o que pode representar mais de R$ 120 bilhões em empréstimos contratados.
Veja como pedir o Crédito Consignado do Trabalhador
Após baixar o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, será preciso fazer login com sua conta gov.br. Veja como criar a sua.
Em seguida, clique no ícone de Empréstimos, localizado na parte inferior do aplicativo, destacado na imagem a seguir com um círculo vermelho.
Serão exibidas instruções sobre o funcionamento do empréstimo. Você pode avançá-las ao clicar na seta para a direita e, em seguida, no link “Ir para Empréstimos”.
Clique no link “Faça uma simulação” na tela a seguir.
Digite o valor do empréstimo que você deseja e o número de parcelas em que pretende pagar. Na sequência, clique em “Simular empréstimo”.
O aplicativo da Carteira de Trabalho Digital exibirá então uma simulação de como será seu empréstimo. Nesta tela, você pode então concordar com o compartilhamento dos seus dados com as instituições financeiras parceiras e clicar em “Solicitar propostas de empréstimos”.
Por fim, basta aguardar. Os bancos conveniados do programa enviarão uas propostas. Basta selecionar a melhor e concluir a solicitação do empréstimo.