Balanço do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostra que 62,61% das operações do Crédito do Trabalhador foram realizadas por trabalhadores com renda de até 4 salários mínimos, ou R$ 6.048. Esse público contratou cerca de R$ 7 bilhões entre os dias 21 de março e 9 de junho, período em que o total de empréstimos do consignado CLT chegou a R$ 14,6 bilhões.

+ Portabilidade do consignado CLT: saiba como transferir empréstimo para outro banco

Já os trabalhadores que recebem entre 4 e 8 salários mínimos respondem por 18,82% do valor total contratado (R$ 3 bilhões), enquanto os que ganham acima de 8 salários mínimos representam 18,57% (R$ 4,4 bilhões).

Até o dia 16, o programa já acumulava R$ 15,9 bilhões em contratações, atendendo mais de 2,6 milhões de trabalhadores em todo o país.

O levantamento do MTE também revelou que as instituições financeiras têm priorizado a concessão do Crédito do Trabalhador a pessoas com maior tempo de vínculo empregatício. Entre os trabalhadores que recebem de 1 a 2 salários mínimos, o tempo médio de empresa é de 119 meses. Para aqueles com renda entre 2 e 4 salários, a média sobe para 155 meses. Já os trabalhadores com remuneração acima de 8 salários mínimos têm, em média, 192 meses de vínculo.

A média dos valores contratados também varia de acordo com a faixa salarial. Trabalhadores que ganham até 2 salários mínimos contrataram, em média, R$ 3.391,60, enquanto os que recebem mais de 8 salários contrataram valores médios de R$ 9.079,23.

A taxa média de juros do Crédito do Trabalhador está no patamar de 3,47% ao mês.

Distribuição por estados

Os dez estados com maior volume de contratações do Crédito do Trabalhador já somam mais de R$ 12 bilhões. São eles:

  1. São Paulo: R$ 4,5 bilhões
  2. Rio de Janeiro: R$ 1,3 bilhão
  3. Minas Gerais: R$ 1,3 bilhão
  4. Paraná: R$ 1 bilhão
  5. Rio Grande do Sul: R$ 1 bilhão
  6. Bahia: R$ 710 milhões
  7. Santa Catarina: R$ 699 milhões
  8. Goiás: R$ 557 milhões
  9. Pará: R$ 551 milhões
  10. Ceará: R$ 473 milhões

O Distrito Federal é a unidade da federação com a maior média de valor contratado por trabalhador: R$ 7.716,02. Já a média nacional do programa é de R$ 5.958,78 por trabalhador.

Como contratar um empréstimo consignado

Lançado oficialmente pelo governo federal no final do mês de março, o programa Crédito do Trabalhador oferece uma opção de empréstimos para funcionários do setor privado com carteira de trabalho assinada.

Nesta modalidade, as parcelas para pagamento do empréstimo são descontadas de forma automática diretamente da folha de pagamento. Também é possível oferecer como garantia o dinheiro na conta do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a multa rescisória, em caso de demissão.

O objetivo do programa é dar uma segurança maior para as instituições financeiras e, desta forma, garantir a disponibilidade de juros mais baixos para os trabalhadores.

Inicialmente, a contratação era realizada apenas através do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (disponível para download tanto em dispositivos Android como iOS). Desde o dia 25 de abril, as instituições financeiras podem também ofertar dentro de suas próprias plataformas.

Você pode ver neste link como solicitar o crédito consignado através da CLT digital. Após fazer o pedido, as instituições financeiras poderão enviar propostas, que o interessado pode ou não aceitar.

Já para fazer as solicitações diretamente nas instituições financeiras, é possível utilizar aplicativos, caixa eletrônico e agências bancárias. Cada uma possui seus próprios canais. Ao optar por este caminho, fica mais fácil para comparar os juros de diferentes empresas.