O programa Crédito do Trabalhador, ou Consignado CLT, registrou queda na taxa de juros nos empréstimos da modalidade em setembro.

+ Saques na poupança superam depósitos pelo 2º mês seguido; veja rendimento atual

De acordo com levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no dia 1º, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras era de 3,48%; em 2 de setembro, recuou para 2,64%; em 3 de setembro, ficou em 2,85%; e em 4 de setembro atingiu 2,62%.

Segundo o ministro Luiz Marinho, a redução também reflete a migração de contratos antigos de consignados para o Crédito do Trabalhador.

Ao todo, 5 milhões de trabalhadores participam do programa, com 7,8 milhões de contratos ativos. O valor médio contratado é de R$ 7.179,18. Cerca de 60% dos empréstimos da modalidade estão concentrados em trabalhadores que recebem até quatro salários mínimos.

No final de setembro foi aberta a possibilidade de fazer a portabilidade de empréstimos, ou seja, fazer o refinanciamento e a migração de contratos que já foram contratados dentro da plataforma do Crédito do Trabalhador. Contudo, por enquanto, a operação deve ser feita diretamente nos bancos. Assim, possível trocar contrato para outro banco que ofereça juros mais baixos do que os do contrato original.

Em outubro, segundo a Dataprev, a portabilidade e o refinanciamento dos contratos passarão a ser feitos diretamente pela Carteira de Trabalho Digital.

Consignado CLT: como fazer o empréstimo

Lançado oficialmente pelo governo federal no final do mês de março, o programa Crédito do Trabalhador oferece uma opção de empréstimos para funcionários do setor privado com carteira de trabalho assinada.

Nesta modalidade, as parcelas para pagamento do empréstimo são descontadas de forma automática diretamente da folha de pagamento. Também é possível oferecer como garantia o dinheiro na conta do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a multa rescisória, em caso de demissão.

Inicialmente, a contratação era realizada apenas através do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (disponível para download tanto em dispositivos Android como iOS). Desde abril, as instituições financeiras podem também ofertar dentro de suas próprias plataformas.

Você pode ver neste link como solicitar o crédito consignado através da CLT digital. Após fazer o pedido, as instituições financeiras poderão enviar propostas, que o interessado pode ou não aceitar. No aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador autoriza o compartilhamento de seus dados (como CPF, tempo de empresa e margem disponível).

Já para fazer as solicitações diretamente nas instituições financeiras, é possível utilizar aplicativos, caixa eletrônico e agências bancárias de cada uma delas. Ao optar por este caminho, fica mais fácil para comparar os juros de diferentes empresas.

O trabalhador receberá ofertas em até 24h para analisar a melhor opção e fazer a contratação no canal do banco. O trabalhador escolhe a melhor proposta, com juros menores. Até 35% da renda mensal podem ser comprometidos com o empréstimo. O desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas. No caso de demissão, o desconto será aplicado sobre as verbas rescisórias, observado o limite legal.

Quem pode contratar um empréstimo consignado

  • O profissional terá que autorizar o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
  • além de funcionários de empresas privadas, também poderão solicitar o novo consignado empregados domésticos, trabalhadores rurais, e funcionários de MEIs (microempreendedor individual).

Como pedir a portabilidade

  • Verificar se o banco de destino oferece o novo consignado para CLT;
  • Pedir a portabilidade nos canais digitais da instituição (site ou aplicativo);
  • A nova instituição quita a dívida anterior e assume o crédito automaticamente, com os juros e os prazos da nova linha.