Beatriz Milhazes, Nelson Leirner, Cildo Meireles, Vik Muniz, Cristiano Mascaro, Bob Wolfenson e Thomas Farkas. Obras de artistas e fotógrafos como esses são algumas das mais cobiçadas do País, sobretudo quando são peças únicas, exclusivas, ou têm poucas reproduções. É, em suma, aquisição para poucos. Há, no entanto, uma forma de levar uma assinatura dessas para casa por preços muito abaixo do que valem no mercado. Como? Associando-se a uma iniciativa do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), o clube de colecionadores de gravuras e de fotografias. O MAM do Rio também oferece esse benefício. Trata-se, a rigor, de uma espécie de consórcio. Cada museu convida cinco artistas plásticos e cinco fotógrafos a realizar obras exclusivas. De cada trabalho são feitas pouco mais de 100 reproduções, divididas entre os sócios, o artista e o acervo do museu. O sócio compra um pacote e recebe cinco obras (uma de cada artista) ao longo do ano. Cada museu tem 100 pacotes anuais. O MAM-SP cobra R$ 2,5 mil pelo pacote de gravuras e R$ 1,8 mil pela cota de fotos, valores que podem ser parcelados.

?É uma oportunidade de comprar obras de qualidade assegurada e ainda realizar um bom investimento, já que elas tendem a se valorizar?, diz Flávia Taiar, coordenadora do projeto em São Paulo. Exemplo dessa valorização é uma serigrafia de 2004 de Valeska Soares, na qual foi desenhado um labirinto com trechos do livro Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino. A obra, que participou do clube do MAM-SP em 2003, é vendida hoje a US$ 700 ? mais de quatro vezes o valor pago pelo sócio. Algumas peças avulsas de cotas antigas do clube podem ser compradas no MAM de São Paulo, mas o MAM carioca só vende pacotes fechados. O sócio do museu paulista ainda tem vantagens adicionais, como entrada gratuita nas exposições montadas pela instituição. É biscoito fino para a massa.