O consumo de energia elétrica no Brasil subiu em média 8,1% em outubro ante igual mês do ano passado, atingindo 45.920 gigawatts-hora (GWh), o maior consumo de toda a série histórica, iniciada em 2004. A taxa, comparada ao mesmo mês de 2022, foi a maior desde julho de 2021, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

As classes residencial (13,7%) e comercial (12,2%) lideram a expansão no consumo, enquanto a indústria, que vinha patinando nas últimas divulgações do consumo pela autarquia, deu um salto de 3,2% em outubro, registrando alta crescimento de consumo em 24 dos 37 setores pesquisados.

Os destaques foram as indústrias de metalurgia, produção de alimentos e mineração.

“Ondas de calor puxam a alta no consumo de eletricidade. No acumulado em 12 meses, o consumo nacional registrou 520.210 GWh, alta de 2,3% em comparação ao período imediatamente anterior”, disse a EPE em nota.

Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre respondeu por 40,4% do consumo nacional de energia elétrica em outubro, com 18.559 GWh, registrando crescimento de 7,8% no consumo e de 25,3% no número de consumidores, na comparação com outubro de 2022.

Já o mercado regulado das distribuidoras, com 27.361 GWh, respondeu por 59,6% do consumo nacional de eletricidade no período, uma alta de 8,3% na comparação com 2022, enquanto o número de unidades consumidoras aumentou 2,3% no período, informou a EPE.