SÃO PAULO (Reuters) – O consumo de energia elétrica no Brasil avançou 1,6% em fevereiro na comparação anual, retomando uma tendência de alta após variar entre estagnação e queda desde novembro do ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgados nesta segunda-feira.

A demanda do mercado livre, no qual grandes grupos do comércio, varejo e da indústria negociam energia diretamente com geradoras ou comercializadoras, subiu 2,3% ante fevereiro de 2022.

Já no mercado regulado de energia, em que residências e pequenas empresas contratam seu fornecimento das distribuidoras, houve alta 1,1% do consumo na comparação anual.

A CCEE destacou que a demanda do regulado foi reduzida pela micro e minigeração distribuída –painéis solares fotovoltaicos para geração própria instalados em telhados, fachadas e terrenos. Desconsiderando o efeito da tecnologia, que diminui a utilização de energia puxada da rede elétrica, o consumo no mercado regulado teria aumentado 4,1% em fevereiro.

Do lado da geração de energia, as hidrelétricas produziram 1,7% a mais no mês, graças às condições hidrológicas favoráveis. Esse cenário ajudou a reduzir em 37,9% a geração das usinas termelétricas, que são despachadas quando há menor uso das hidrelétricas.

Outras fontes renováveis, por sua vez, mostraram crescimento da geração, com alta de 74,7% para a solar e de 45,4% para a eólica.

(Por Letícia Fucuchima)

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