A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) afirmou que a Páscoa deste ano deve elevar em 15% o volume de vendas do setor, em relação ao que foi visto no mesmo período de 2022. Segundo os supermercadistas, em média 20% das encomendas de Páscoa foram distribuídas para ovos de 100 g a 521 gramas, além de ovos com brinquedos ou brindes.

Já os mini-ovos, coelhos, barras de 60 gramas até 101 gramas devem representar 25,1% do volume e os bombons, de 77 g a 250 gramas, 26,7% do volume. Quanto ao preço médio, os ovos de chocolate e as bebidas devem ficar, em média, 13% a 18% mais altos e os alimentos 17%.

+ Consumo nos Lares sobe 0,95% em fevereiro ante fevereiro de 2022, diz Abras

+ Intenção de Consumo das Famílias cresce 0,8% no Brasil

Para o almoço, os destaques da categoria são peixes em geral, que devem registrar aumento de volume de vendas de 19,6%, bacalhau (18,9%), ovos de galinha (17,3%), batata (15,4%), azeitona (14,4%), azeite (14,3%). Na cesta de bebidas, o consumo deve ser puxado por cerveja, com alta de 23,7% no volume, vinho importado (20,6%), suco (19,3%), refrigerante (18,7%) e vinho nacional (17.7%).

VAREJO COM DIFICULDADES

Apesar da expectativa otimista de aumento de consumo na Páscoa, assim como a alta da intenção de consumo das famílias em março, as companhias varejistas seguem enfrentando grandes dificuldades no Brasil.

Segundo os anúncios de balanços e resultados sobre o 4º trimestre do último ano, Centauro, Via Varejo, Arezzo e outras varejistas brasileiras tiveram prejuízos no fim de 2022. A Magazine Luiza (MGLU3) registrou prejuízo líquido de R$35,9 milhões; Via (VIIA3) teve queda de R$163 milhões; a loja esportiva Centauro chegou a R$140 milhões, além de acumular dívida de mais R$715 milhões. As companhias tiveram dificuldades mesmo nos melhores períodos de vendas, entre o Natal e Ano Novo, mostrando a profundidade de suas dificuldades.

Além disso, empresas como a Americanas e Marisa passam por períodos difíceis, a primeira por ter descoberto um rombo bilionário sem suas contas, e a segunda por não conseguir ter bons resultados e sofrer uma certa debandada de executivos.