A economia do Reino Unido enfrenta um momento de consumo enfraquecido e de alta das poupanças, afirma a dirigente do Banco da Inglaterra (BoE), Megan Greene, em artigo publicado no Financial Times, e o consumo deve permanecer fraco por mais tempo. Segundo ela, as reservas elevadas das famílias podem ser consequência principalmente das taxas de juros e de hipotecas elevadas, o que pode levar a recuperação econômica a durar muito mais tempo no país.

Greene defende que o impacto total de taxas de juros mais altas sobre os pagamentos de hipotecas ainda não passou. Isso significa que, à medida que mais hipotecas são redefinidas a taxas mais altas, o consumo pode continuar a cair – mesmo com a queda das taxas de juros.

Segundo ela, o risco de um consumo mais fraco é de uma inflação abaixo da meta, o que obrigaria o BOE a cortar juros mais rapidamente. “Dados esses riscos, acredito que uma abordagem cautelosa e gradual para a flexibilização monetária seja apropriada”, afirma.