A conta de luz teve aumentos mais comportados, contribuindo para os preços ao consumidor desacelerarem no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de agosto. Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o IGP-DI subiu 0,68% em agosto ante um aumento de 0,44% em julho, mas o movimento de aceleração foi provocado pelos preços no atacado.

No varejo, o IPC-DI teve um aumento de 0,07% em agosto ante um crescimento de 0,17% em julho. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, o informou a FGV.

“A principal contribuição para o recuo da taxa do IPC partiu do grupo Habitação (1,08% para 0,25%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 5,34% para -0,75%”, diz a nota divulgada mais cedo pela entidade.

Também apresentaram recuo em suas taxas de variação os grupos Transportes (0,00% para -0,35%), Educação, Leitura e Recreação (0,42% para 0,15%) e Comunicação (0,24% para -0,13%).

“Nessas classes de despesa, as principais influências observadas partiram dos itens gasolina (-0,41% para -1,31%), salas de espetáculo (0,82% para -0,93%) e tarifa de telefone móvel (0,66% para -0,53%)”, diz a nota da FGV.

Na contramão, os grupos Alimentação (-0,61% para 0,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,39%), Despesas Diversas (0,05% para 0,68%) e Vestuário (-0,64% para -0,47%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.

“Nestas classes de despesa, os maiores avanços foram observados nos itens hortaliças e legumes (-20,54% para -6,94%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,25% para 0,13%), cigarros (0,09% para 2,10%) e roupas (-1,00% para -0,60%)”, diz a FGV.