01/07/2025 - 10:27
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira um reajuste tarifário médio de 13,94% para a distribuidora Enel São Paulo.
A alta na conta de luz dos clientes da concessionária passa a vigorar a partir de 4 de julho e terá efeitos distintos por classes de consumidores. A empresa atende a 8,07 milhões de unidades consumidoras em 24 municípios do estado de São Paulo.
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As residências, ligadas em baixa tensão, perceberão um aumento tarifário de 13,26%, enquanto consumidores ligados em alta tensão terão alta de 15,77%.
Segundo a Aneel, os itens que mais impactaram a alta tarifária foram os encargos setoriais, com efeito de 6,44% sobre o índice de reajuste, e a retirada de componentes financeiros que haviam sido contabilizados no reajuste anterior, com efeito de 7,97%.
“A Enel SP não define as tarifas cobradas. Elas são reguladas pela Aneel, com base em critérios técnicos e legais. A maior parte da conta de luz é composta por custos que vão além da distribuição e incluem valores repassados aos setores de geração e transmissão, além dos tributos e encargos repassados aos governos federal e estadual. Do total arrecadado pela Enel SP, apenas 22,1% correspondem à parcela da própria distribuidora”, afirmou, em nota, Hugo Lamin, Diretor de Regulação da Enel Brasil.
Impacto na inflação
A Enel São Paulo é uma das maiores concessionárias de distribuição de energia do país, atendendo 8 milhões de unidades consumidoras na capital paulista e região metropolitana, com um faturamento anual na ordem de R$ 22 bilhões.
Em razão do reajuste, a Warren elevou a projeção do IPCA de julho de 0,25% para 0,30%. Para o acumulado do ano, a estimativa passou de 4,91% para 4,95%.
A casa destaca que a região atendida pela Enel São Paulo representa cerca de 80% da amostra pesquisada pelo IBGE no estado e responsável por quase um terço (33%) do peso do IPCA.
*Com informações da Reuters