21/11/2012 - 21:00
Elétricas
O governo identificou a Cemig como a principal fonte das críticas e da campanha movida contra a Medida Provisória das elétricas. Dilma Rousseff até entende os argumentos apresentados pela companhia por não ter aderido às novas regras no caso das usinas de São Simão, Jaguara e Miranda, mas vê exagero no tom alarmista da campanha que vem sendo movida pela empresa mineira. O que incomoda o Planalto são os rumores de que a MP representa uma ameaça para a sobrevivência do setor. O governo tem em mãos números que mostram que as companhias elétricas tiveram excelente desempenho nos últimos anos. Não haveria, portanto, nenhum risco de quebradeira. Se prosseguir a campanha, o governo pode vir a tomar uma decisão política forte contra a Cemig. As armas para o contra-ataque já estão mobilizadas.
Política
Tabuleiro
As conversas do governo com o PSD para que o partido ocupe um ministério avançaram. Dilma Rousseff tinha oferecido a Kassab o Ministério das Pequenas Empresas, que ainda será criado, o que não animou o partido. Agora, o governo adoçou a proposta com a hipótese de transferir o Sebrae para o novo ministério. Só não ficou claro se o PSD teria ou não direito a indicar o presidente da instituição. Pelo jeito as conversas ainda vão se estender por mais tempo.
Investimento
Chá das cinco
Eike Batista se reuniu na semana passada com grandes investidores em Londres.
Elétricas 2
E o apagão?
A propósito, intriga o governo o fato de a Cemig ter sido ágil ao se mobilizar contra a MP das elétricas, mas, até agora, não ter se manifestado sobre o apagão que afetou todo o Nordeste, há duas semanas. O apagão foi causado por uma falha de procedimento no equipamento da linha de transmissão da Taesa, controlada pela Cemig.
Ministério
Muita calma
Dilma Rousseff tem sinalizado a alguns interlocutores que só irá promover mudanças nos ministérios em fevereiro, depois das eleições da Câmara dos Deputados e do Senado. Até lá, recomenda-se muito chá de camomila aos candidatos.
Classe C
Rumo ao paraíso
A classe C brasileira é 54% mais rica do que a população mundial. Se esse grupo fosse um país, seria O 12º mais populoso e O 18º mais rico do mundo. A conclusão é parte da pesquisa inédita do Instituto Data Popular, que será divulgada na segunda-feira 12, em São Paulo, no Fórum Novo Brasil: Vozes da Classe Média. Segundo a pesquisa, a classe C vai gastar R$ 1 trilhão este ano e a população que vive nas favelas brasileiras, R$ 39 bilhões. Aliás, Se as favelas fossem um estado, seriam o quinto maior do país.
Telefonia
Reestruturação
Há uma reestruturação em curso na Intelig, operadora de longa distância comprada pela TIM em 2009. O fraco desempenho da Intelig e os problemas enfrentados na sua rede são os motivos. O esvaziamento da companhia, que começou com a descontinuidade do código de DDD 23, deverá se acentuar com a decisão de venda de ativos. A concentração da presidência da empresa e da TIM Fiber nas mãos de Rogério Takayanagi seria um indício do plano da controladora de fundir as duas empresas visando à abertura de capital da nova operadora.
Delta
Novo CEO
Sem fazer alarde, a construtora Delta trocou seu presidente. Saiu Carlos Alberto Verdini, que ficou à frente da empresa no período da CPI e durante o processo que levou a empresa à inidoneidade, e entrou Dionísio Janoni.
Coca-cola
De olho na Copa
Muhtar Kent, CEO mundial da Coca-Cola, desembarca no Brasil nesta semana para visitar os investimentos socioambientais da companhia na Amazônia e anunciar novos investimentos na Fundação Amazonas Sustentável. kent também irá ao Rio para reavaliar o plano de investimentos da empresa no País tendo em vista a conjuntura e os grandes eventos. A Coca-Cola é, tradicionalmente, uma das maiores investidoras da Copa e das Olimpíadas. A partir de janeiro, a multinacional vai dar partida a diversas ações de marketing da Copa de 2014 no País.
Micro
Confiança em alta
Os micro e pequenos empresários apostam num fim de ano positivo para os negócios. O Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (ICMPE), medido pelo Sebrae, atingiu, em outubro, o seu maior nível desde abril, quando teve início o levantamento: 124 pontos. O cálculo considera que 100 significa estabilidade, abaixo de 100, retração, e, acima, otimismo. Segundo a pesquisa, 72% desses empresários esperam ampliar o faturamento até dezembro e 26% também pretendem contratar mais pessoal. A pesquisa é feita com 5,6 mil pequenos empreendedores do comércio, serviços, indústria e construção, em todos os Estados brasileiros.
Bebidas
Contrabando
Mesmo com o aumento da fiscalização nas fronteiras do Brasil nos últimos cinco anos, o contrabando de bebidas alcoólicas ainda é muito expressivo. Por ano, 85 milhões de litros de bebidas são contrabandeados, principalmente pelo Paraguai e pelo porto de Santos. Menos de 1% desse volume é apreendido. Os dados são da Euromonitor, que realizou ampla pesquisa cruzando dados públicos com informações obtidas em visitas a pontos de venda e entrevistas a fabricantes, importadores, varejistas, agências governamentais e associações comerciais.
Siderurgia
Rainha da sucata
A crise que atinge a indústria siderúrgica ganhou mais um capítulo. As vítimas agora são as empresas fornecedoras de sucata, usada em cerca de 30% do aço produzido no Brasil. As três mil empresas do setor estão com 200 mil toneladas em estoque devido à queda no consumo interno. as fornecedoras querem exportar, mas enfrentam resistências. O Instituto Aço Brasil entrou com pedido no mDiC para taxar a exportação. No total, 1,5 milhão de pessoas dependem desse mercado e metade são catadores.
Forbes
Eike russo
A Rússia tem seu Eike Batista. O bilionário russo Viktor Vekselberg vai rivalizar com os homens mais ricos do mundo na próxima lista da Forbes. O salto será possível com a venda da petroleira russa TNK-BP para a Rosneft. Na complexa operação, a AAR, que divide meio a meio o capital da TNK com a BP, receberá US$ 28 bilhões em dinheiro. O bilionário Viktor é o R da AAR. Hoje tem em carteira US$ 13 bilhões.
Marketing
Fora da seleção
A TAM, que desfez o seu acordo com a CBF e não será mais a transportadora oficial da Seleção Brasileira, não conseguiu atrelar seu nome à equipe. Em pesquisa realizada pela Stochos Sports, em setembro, apenas 0,3% dos entrevistados ligou a companhia aérea à Seleção. A marca mais associada ao time canarinho foi a Nike (46,3%), seguida por Antarctica (30,8%), Itaú (17%) e Vivo (10,5%).
Índice
Insatisfação nas alturas
O descontentamento dos passageiros das companhias aéreas brasileiras não para de aumentar com os serviços prestados pela Tam, Gol, Trip e Avianca. No mês passado, a satisfação com o setor caiu de 55% para 49%, segundo o Índice Nacional de Satisfação do Consumidor (INSC), medido pela ESPM. As razões apontadas pelos usuários são os constantes atrasos e problemas no check-in. Além da aviação, com o maior percentual negativo, os transportes aparecem em segundo lugar (-5%), seguido do setor de alimentos (-3,4%) e das construtoras (-2,7%).
Colaborou: Flávia Gianini e Marina Rossi
