14/12/2022 - 18:33
São Paulo, 14 – Os produtores rurais contrataram R$ 174,9 bilhões em crédito rural no Plano Safra 2022/23, até o momento (de julho até novembro/2022). Desse total, os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 112,4 bilhões (64,2% do total). Já os investimentos somaram R$ 43 bilhões, a comercialização, com R$ 10,5 bilhões e a industrialização, com R$ 8,9 bilhões, conforme informações do Ministério da Agricultura.
Segundo comunicado do ministério, os valores apresentados são provisórios e foram extraídos, no dia 5 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.
De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, os financiamentos do custeio tiveram R$ 18,1 bilhões realizados pelos pequenos agricultores (Pronaf), R$ 28,2 bilhões pelos médios produtores (Pronamp) e R$ 66 bilhões pelos demais.
As contratações de investimento tiveram desembolso de R$ 10,8 bilhões realizados pelos pequenos produtores (Pronaf), R$ 1,7 bilhões pelos médios (Pronamp) e R$ 30,3 bilhões pelos demais. As contratações para comercialização e industrialização foram realizadas, essencialmente, pelos demais produtores rurais, inclusive cooperativas agropecuárias, disse o ministério.
Do total dos 935.259 contratos, os produtores do Pronaf contrataram mais de 675 mil, o equivalente a R$ 30 bilhões. Os contratos do Pronamp somaram 119 mil ou perto de R$ 30 bilhões; e os demais, 140.526 contratos (R$ 114,9 bilhões).
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos obrigatórios, no total das contratações, está em R$ 36,4 bilhões, e a de recursos da poupança rural controlada atingiu R$ 43,5 bilhões. Os recursos com Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) ficaram em R$ 39,8 bilhões, respondendo por 23% do crédito rural.
A região Sul se destaca nos financiamentos do plano safra com R$ 61,8 bilhões, sendo aplicados preponderantemente pelos produtores gaúchos, com 46%, o equivalente a R$ 28,4 bilhões. Centro-Oeste está em segundo lugar no desempenho do crédito, com R$ 45,5 bilhões, dos quais 40% no Estado de Mato Grosso, com R$ 18,2 bilhões.