08/08/2018 - 14:23
O coordenador do programa de governo de Ciro Gomes (PDT), Nelson Marconi, disse não ser contra um instrumento de limite de despesas, mas sim ser contra o teto de gastos que existe atualmente.
“Podemos criar um teto que seja vinculado ao crescimento da população ou do PIB, podemos deixar os investimentos de fora desse limite. Podemos ter um teto para a evolução das despesas correntes, mas o principal é ter um teto para a dívida”, afirmou Marconi, em debate promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (Abde).
Segundo ele, isso não significa propor um “calote” na dívida, mas estabelecer um controle mais rígido de gastos em contextos de aumento do endividamento.
A coordenadora do plano de governo de Álvaro Dias (Podemos), Ana Paula Oliveira, defendeu um ajuste fiscal emergencial, mas também um ajuste estrutural. “O teto de gastos entra nessa parte emergencial, mas somos contra o atual teto. É preciso limitar a despesa, mas não é possível limitar o gasto pela inflação se quisermos crescer 5% ao ano”, afirmou.
Ela defendeu um limitador de acordo com o avanço do PIB. “Não podemos sufocar o crescimento. É preciso que o governo volte a ter condições de administrar o orçamento”, completou Ana Paula.