02/12/2023 - 14:25
O prédio 35 tremeu com a animação dos visitantes do pavilhão brasileiro nesses primeiros dias da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes. Parlamentares, governadores, ministros, secretários, empresários, gestores, ongueiros deixaram o tráfego intenso – e a conversa alta – no segundo andar do edifício, onde representantes do País realizaram reuniões durante a conferência.
O espírito de micareta destoava do espaço vizinho, ocupado pelo Reino Unido, e de outros mais tímidos, como da Mauritânia e do Uzbequistão. Nas salas dos vizinhos britânicos no mesmo andar, um cartaz logo na entrada intimidava aglomerações à brasileira. O alerta era para ninguém entrar sem ser convidado.
Em muitos momentos, a conversa animada dos visitantes no pavilhão brasileiro atrapalhava as reuniões bilaterais ente os representantes do País e interlocutores. Neste sábado, houve duas visitas internacionais: Banco Mundial (Bird) e governo americano. Apesar dos frequentes pedidos de “psiu”, ninguém demonstrou grande incômodo. Houve só uma exceção: uma ex-liderança do Executivo brasileiro que destratou o recepcionista do pavilhão ao chegar incomodada de um evento em que foi ignorada.
A “blue zone” ou zona azul é o nome dado pelas Nações Unidas à grande área que abriga os 97 mil participantes da COP28, entre representantes dos países, observadores, jornalistas. As COPs também têm a “green zone”, onde empresas, startups e outras organizações expõem seus negócios e projetos, prospectam e aumentam a rede de relacionamento.