A Copa do Mundo Feminina começou nesta quinta-feira (20) na Austrália e na Nova Zelândia. Apesar das mulheres estarem ganhando espaço e mais dinheiro, a diferença entre o que é pago para os homens é muito grande.

Entenda

  • Premiação da FIFA para a seleção ganhadora da Copa feminina é um terço da masculina;
  • Jogadora mais bem paga do mundo, a norte-americana Megan Rapinoe recebe 188 vezes menos do que Cristiano Ronaldo, que está no topo da lista dos homens;
  • Brasil foi a maior audiência da final da última Copa do Mundo Feminina.

A Copa do Mundo feminina começou a ser jogada em 1991 e tem a seleção norte-americana como a principal vencedora, com quatro títulos. 

+Brasil soma esforços para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027

Diferença salarial

A norte-americana Megan Rapinoe lidera a lista das jogadoras mais bem pagas do futebol feminino. Ela recebe US$ 445 mil anuais (R$ 2.1 milhões). Para se ter uma ideia da diferença, o atacante Cristiano Ronaldo se tornou o jogador de futebol mais bem pago do mundo no Al-Nassr, com ganhos na casa dos US$ 200 milhões por ano. Seu salário anual é de 75 milhões de euros anuais. 

Receita publicitária

Esta é a primeira Copa do Mundo Feminina com a nova estrutura comercial da FIFA para patrocínios na modalidade. A entidade máxima do futebol já fechou com o dobro de patrocinadores do que a última edição do torneio, que aconteceu em 2019 e pretende ter um faturamento recorde em 2023. 

Em 2021 a FIFA desenvolveu uma nova estrutura comercial que separa as cotas de patrocínios em masculino, feminino e e-sports e as empresas podem investir em somente uma delas, se assim desejarem. 

A atual edição conta com 13 patrocinadores oficiais: Adidas, Coca-Cola, Wanda e Hyundai/Kia estão na categoria Fifa Partners. Visa e Xero são parceiros do futebol feminino da Fifa. Budweiser, Globant, McDonald’s, Mengniu e Unilever são patrocinadores. 

A atual edição vai distribuir a maior premiação da história, com US$ 150 milhões. O valor, no entanto, é três vezes menor que o distribuído na Copa Masculina, que chegou a US$ 440 milhões. 

Mercado brasileiro

Os fãs do futebol no Brasil terão três formas de assistir a competição: a Globo, na TV aberta; o SporTV, na TV fechada; e a Cazé TV, no Youtube.  

Com cotas menores, a Cazé TV já conseguiu 20 anunciantes para a competição. Já a Globo conta com 11 marcas parceiras que, segundo o Estadão, vão pagar R$ 1,5 milhão pela cota máxima de patrocínio.

O Brasil foi a maior audiência da final da Copa do Mundo Feminina de 2019. De acordo com a FIFA, 19.9356 milhões de telespectadores assistiram à final entre Estados Unidos e Holanda no Brasil. Os Estados Unidos ficaram na segunda colocação, com 15.277 milhões.