A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) terminou nesta quarta-feira, 31, com uma nova queda de 0,50% ao ano na taxa básica de juros, a Selic, que agora está em 11,25%.

A decisão já era esperada pelo mercado, que prevê mais cortes do mesmo patamar neste primeiro semestre. De acordo com o boletim Focus do Banco Central, a expectativa é que os juros terminem 2024 em 9%.

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“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom. A inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, assim como as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, disse a nota do anúncio.

O economista Bruno Corano acredita que haverá um retomada de crédito no país e um aumento da atividade econômica com o novo anúncio do BC.

“A decisão no Brasil indica que, gradativamente, deveremos ter uma retomada do crédito e um aumento da atividade econômica, especialmente no que se refere a bens sensíveis a crédito, como a classe dos duráveis, que vão desde veículos e imóveis, até máquinas de lavar roupa e televisores”, disse. 

FED mantém taxa e “empurra” queda de juros para maio

Mais cedo, na super quarta, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) confirmou a manutenção da taxa de juros nos EUA entre 5,25% e 5,50% ao ano.

“O Comitê considera que os riscos para a consecução dos seus objetivos de emprego e de inflação estão a evoluir para um melhor equilíbrio. As perspectivas econômicas são incertas e o comitê permanece muito atento aos riscos de inflação” afirmou, em nota.

“O comunicado veio empurrando os cortes mais pra frente, veio mais para o hawk. O comunicado aponta que não há confiança da inflação voltar ao 2%. Com isso o mercado já está jogando um primeiro corte de março para a reunião que vai acontecer em maio”, disse o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala.