Pyongyang confirmou neste domingo (19/02) que o teste de um míssil balístico intercontinental (ICBM; na sigla em inglês) na véspera foi uma advertência à Coreia do Sul e aos Estados Unidos.

Segundo a agência de notícias estatal KCNA, para as autoridades norte-coreanas o “treinamento-surpresa” teria fornecido “provas reais” da “capacidade de contra-ataque nuclear fatal” do país, e de que as unidades ICBM estariam prontas para “contra-ataque móvel e poderoso”.

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A intenção do lançamento foi verificar a confiabilidade da arma e a prontidão ao combate das foras nucleares da Coreia do Norte, prosseguiu a KCNA. O míssil teria alcançado uma altitude máxima de 5.770 quilômetros e voado uma distância de cerca de 990 quilômetros.

Seul e Washington reagem

O líder norte-coreano Kim Jong-un ordenou o teste às 08h00 deste sábado (21h00 da sexta-feira em Brasília). Á tarde, o Hwasong-15 foi lançado do aeroporto de Pyongyang.

Segundo fontes do Japão, o ICBM voou 66 minutos antes de cair em sua zona econômica exclusiva (espaço marítimo para além das águas territoriais). Análises de Tóquio indicaram que o míssil teria capacidade para atingir o território continental dos EUA.

Em reação ao teste do Norte, a Coreia do Sul e os EUA realizaram treinamento aéreo combinado neste domingo, envolvendo um bombardeiro estratégico americano, informaram fontes militares sul-coreanas.

Seul e Washington têm programados para a próxima semana exercícios militares visando melhorar sua reação a um eventual ataque nuclear do Norte. Na semana anterior, Pyongyang prometera que mostraria uma reação “inusitadamente” forte aos treinamentos.

Poucos dias atrás, Seul classificou a Coreia do Norte como “país inimigo”. O lançamento do míssil do sábado foi o primeiro pelo país, desde 1º de janeiro. Não está esclarecido se o governo de Kim possui um ICBM dotado de ogiva nuclear operacional.

av (AP,AFP)