No texto publicado anteriormente, estava incorreta a afirmação de que o ministro Paulo Guedes estimou crescimento de até 4% no Produto Interno Bruto (PIB), mesmo com uma política de aperto monetário. “Nós estamos com freio de mão puxado e vamos crescer só 2,70%, 3%”, afirmou Guedes, referindo-se a 2022. Segue a nota com título e texto corrigidos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, 26, que a taxa Selic este ano é “freio de mão puxado” que limitará o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País. A previsão dele é que o Brasil cresça até 3% em 2022. “Nós preferimos crescer um pouquinho mais moderado, mas com equilíbrio fiscal. Nós estamos com freio de mão puxado (Selic) e vamos crescer só 2,70%, 3%. Imagina no ano que vem: inflação já caiu, os juros começando a descer, com 900 bilhões de investimentos contratados, novos investimentos contratados em energia eólica”, disse o ministro ao participar do evento Perspectivas para a Economia Brasileira, organizado pelo Fórum Empresarial da Bahia, em Salvador.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica em 13,75%, interrompendo o ciclo de 12 altas seguidas da taxa.

Guedes ainda provocou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Como o Brasil não vai crescer? Só não cresce se a gente colocar lá um saci-pererê, que só pula com a perninha esquerda”, afirmou, arrancando risos da plateia.

O ministro voltou a dizer ainda que o presidente Jair Bolsonaro pretende extinguir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), caso se reeleja. “O IPI é imposto desindustrialização em massa”, criticou.

Em mais uma fala com tom eleitoral, Guedes acusou a oposição de fazer militância e de tentar boicotar o governo federal. “Nosso governo foi atacado de manhã, de tarde e de noite, 3 anos e meio. É a crise de abstenção de quem não está no poder, depois de 30 anos no poder”, afirmou.

Ao defender que fez mudanças na estrutura da economia brasileira, ele disse que este é o primeiro governo a passar por uma eleição com Banco Central independente e negou que Bolsonaro seja populista. “Nosso governo é popular.”