O deputado Altineu Côrtes (PMDB-RJ) afirmou nesta quinta, 17, que vai  recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser incluído na  comissão do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Decisão do  presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o impediu de ter seu nome  incluído entre os 65 membros do colegiado.

Após a  definição dos parlamentares que seriam indicados pela bancada do PMDB, o  deputado José Priante (PMDB-PA) desistiu da indicação. Com isso, o nome  de Altineu, que se filiou nessa quarta, 16, ao PMDB, foi colocado para a  substituição. Os líderes presentes na sessão concordaram com a troca.

Entretanto,  minutos depois, Cunha disse que o procedimento não poderia ser feito,  já que seu nome ainda não estava oficializado como membro do PMDB. “Ele  tirou meu nome da comissão como se a minha situação não estivesse  regularizada. Às dez horas da manhã de hoje, na intranet, meu nome já  estava no PMDB, na lista do plenário também”, disse o deputado. No site  da Câmara, até às 16h30, já depois da formação da comissão, o nome de  Altineu ainda constava como “sem partido”.

Para o deputado,  a decisão do presidente da Câmara tem cunho pessoal, já que Cunha seria  padrinho político do prefeito de Itaboraí (RJ), que é seu adversário  político. “Cunha não pode tirar no grito uma pessoa legitimamente  eleita”, criticou. Altineu disse que vai pedir uma liminar ao Supremo  para que seu nome seja incluído no colegiado. Ele ponderou que não quer a  descontinuidade da comissão do impeachment nem a anulação da sessão,  mas apenas sua entrada no lugar de Leonardo Quintão (PMDB-MG), que  acabou sendo colocado na vaga.