18/10/2017 - 20:01
O ex-presidente o BNDES, Luciano Coutinho, disse em resposta à conclusão dos auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chegou a pagar 20% a mais pelas ações do frigorífico JBS, para ajudar a empresa a comprar dois frigoríficos nos EUA, que o processo ainda está no início e que não teve acesso ao relatório técnico e sequer foi ouvido pelo TCU.
Coutinho afirmou que espera poder esclarecer todas as questões colocadas pelo tribunal e que “a operação foi conduzida com lisura e rigor técnico, respeitando todas as exigências do BNDES e seguindo procedimentos típicos do mercado de capitais, sem qualquer favorecimento à JBS”.
Segundo o ex-presidente do banco, não houve ágio ou sobrepreço na transação e a prerrogativa de definir o preço de ações em um aumento de capital é da empresa emissora. “Coube aos acionistas decidir sobre a conveniência ou não da adesão. Os R$ 7,07 foram considerados um preço atrativo por estarem abaixo de estimativas feitas à época pela própria área técnica do BNDES e por instituições financeiras de primeira linha. Tanto a avaliação de que o preço era atrativo fazia sentido que o aumento de capital teve ampla adesão dos acionistas minoritários”, afirmou.
Coutinho disse ainda que “o BNDES pagou um valor inferior à sua própria estimativa e de outras instituições financeiras para o preço justo da ação e que “os prazos em que foram realizadas as operações são similares aos de outras operações de participação acionária realizadas pelo BNDES”.