Depois de anunciar a rescisão do contrato com a Precisa Medicamentos, a Bharat Biotech, farmacêutica indiana da vacina Covaxin, negou que tenha emitido documentos apresentados pela Precisa ao Ministério da Saúde durante o processo de aquisição do imunizante.

A documentação faz parte do contrato assinado em 25 de fevereiro entre o ministério e a fabricante. Os documentos foram enviados pela Precisa ao ministério como se fossem de autoria da farmacêutica, de acordo com o G1.

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Na semana passada, a Rádio CBN divulgou que havia erros nos documentos, entre os quais o próprio nome da empresa e o endereço, o que levantava suspeitas sobre a autenticidade.

“Fomos informados recentemente que certos documentos, supostamente emitidos por executivos da empresa, estão sendo divulgados online. Gostaríamos de afirmar enfaticamente que esses documentos não foram emitidos pela companhia ou seus executivos e, portanto, negam veementemente os mesmos”, informou a fabricante nesta sexta-feira (23) por meio de nota, segundo a G1.

A Precisa Medicamentos foi envolvida em suspeitas de irregularidades após denúncias do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, feitas para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.

Com a polêmica envolvendo o contrato de compra da vacina e indícios de superfaturamento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, suspendeu a negociação em junho.