19/02/2022 - 2:05
Pesquisadores na Noruega realizaram um estudo a cerca de 100 convidados de uma festa onde houve um surto de Ômicron e descobriram nove sintomas que foram mais comuns em quem já tinha sido vacinado contra a Covid-19.
Segundo o jornal ‘Independent’, do grupo de inquiridos, 66 tinham casos confirmados de Covid-19 e 15 tinham casos possíveis do vírus. Dos 111 participantes, 89% receberam duas doses de uma vacina de mRNA e nenhum recebeu uma dose de reforço.
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De acordo com as descobertas publicadas na revista de doenças infecciosas e epidemiologia Eurosurveillance, há nove sintomas principais registados pelo grupo de participantes totalmente vacinados.
Assim, segundo a pesquisa, os principais sintomas foram: tosse, pingo no nariz, fadiga, dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares, febre, náuseas e espirros.
O estudo descobriu ainda que tosse, pingo no nariz e fadiga estavam entre os sintomas mais comuns nos indivíduos vacinados, enquanto espirros e febre eram os menos comuns.
Embora a vacina proteja contra os riscos mais graves do vírus, ainda é possível contrair a Covid-19 mesmo se for vacinado até com uma dose de reforço. A natureza leve dos sintomas torna difícil para as pessoas distinguir o vírus de uma gripe comum. Mas, segundo Tim Spector, responsável pelo do ZOE Symptom Study App, cerca de 50% das “’novas gripes’ atualmente são, de fato, Covid”.
Dois sinais de que pode estar infetado com Ômicron
Os especialistas também sugerem que existem dois sintomas distintos que podem ser um sinal de que um teste positivo está chegando: fadiga e tonturas/sensação de desmaio.
Mais do que simplesmente se sentir cansado, a fadiga pode se traduzir em dor corporal, causando músculos doloridos ou fracos, dores de cabeça e até visão turva e perda de apetite.
Angelique Coetzee, médica particular e presidente da Associação Médica da África do Sul, disse que a fadiga era um dos principais sintomas da Ômicron quando a variante surgiu na África do Sul.
Tonturas/desmaios são o segundo sinal de que pode ter contraído a Ômicron. Um novo relatório da Alemanha sugeriu que há uma ligação entre desmaios a variante. Isto acontece depois de médicos em Berlim terem descoberto que a Covid-19 estava causando desmaios recorrentes num paciente de 35 anos internado no hospital. O jornal alemão Ärztezeitung disse que os médicos puderam ver uma “ligação clara” entre a infecção e os desmaios.