31/03/2022 - 23:11
O medicamento oral contra a Covid-19 molnupiravir elimina o vírus SARS-Cov-2, na sua fase infecciosa ativa, no terceiro dia do início da medicação, segundo um estudo que será apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas.
O teste confirmou a superioridade do medicamento, em relação ao placebo, em adultos não hospitalizados com covid-19 leve ou moderada e com risco de progressão para doença grave, caso a terapia fosse iniciada nos cinco dias seguintes ao início dos sintomas, revelou o The New England Journal of Medicine.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) tinha divulgado, em 03 de março, que o molnupiravir integrava a sua lista de tratamentos recomendados contra a covid-19 e também foi aprovado o seu uso de emergência para países como os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão. Este medicamento é um antiviral que deve ser administrado rapidamente após o início dos sintomas e tomado por cinco dias para evitar a replicação do vírus.
A pesquisa científica será revelada no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID) na próxima semana. Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, os participantes nos ensaios foram submetidos a testes de PCR para determinar as cargas virais do SARS-CoV-2 a partir de zaragatoas nasofaríngeas colhidas nos dias 1 (início), 3, 5 (fim de tratamento), 10, 15 e 29.
No terceiro dia de tratamento, nenhum dos 92 participantes que tomaram molnupiravir tinha o SARS-CoV-2 em fase ativa detectável, em comparação com 21,8% (20 de 96) dos participantes que tomaram um placebo. Após cinco dias, os pacientes alvo do tratamento permaneciam sem o vírus, enquanto no outro grupo este ainda foi detetado em 2,2%. Finalmente, ao décimo dia, nenhum dos participantes de ambos os grupos estava positivo para a covid-19.
Esta análise confirmou observações anteriores que demonstravam que um tratamento de cinco dias com molnupiravir, tomado duas vezes ao dia, produz “um declínio mais rápido da carga viral e uma eliminação mais rápida do vírus infeccioso do que o placebo”, sustentou a MSD em comunicado.