04/04/2022 - 23:41
A evolução do coronavírus (SARS-CoV-2), o patógeno responsável pela pandemia da Covid-19, continua a ser foco o dos pesquisadores em todo o mundo, com a descoberta de diversas novas mutações do vírus – enquanto umas aumentam a capacidade e a sobrevivência do vírus outras facilitam a disseminação viral, apesar da presença de anticorpos para outras variantes do coronavírus.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China anunciou nesta segunda-feira (04) que havia sequenciado uma nova subvariante da variante Ômicron, de acordo com o jornal estatal ‘Global Times’ – a subvariante, rotulada BA.1.1., não corresponde a outros tipos de coronavírus sequenciados na China ou relatados ao banco de dados de variantes globais, e foi encontrada num caso leve da Covid-19 em Suzhou, cidade próxima a Pequim.
+ Nova variante da covid-19, oriunda da Ômicron, é descoberta na China
Também no Reino Unido foi identificado uma nova subvariante da Ômicron chamada XE. De acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA), centenas de pessoas no Reino Unido até agora foram infetadas com XE, uma pequena fração do total de infeções pela Covid-19 no país. É muito cedo para dizer se a XE é mais transmissível do que as outras subvariantes da Ômicron, embora tenha sido detectada fora do Reino Unido, na Tailândia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu que um híbrido das duas variante da Ômicron – BA.1 e BA.2 – pode ser a variante mais transmissível até agora e estima-se que se espalhe 10% mais facilmente do que BA.2.
Em março, um novo estudo publicado no servidor de pré-impressão bioRxiv descreveu mutações encontradas na variante SARS-CoV-2 BA.1 em Hong Kong e Nova Zelândia. Entre as várias variantes do SARS-CoV-2 identificadas, cinco foram designadas variantes preocupantes (VOCs), incluindo as variantes Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron.
Já fora relatadas três subvariantes da Ômicron, incluindo BA.1, BA.2 e BA.3. BA.1 é caracterizada pela mutação spike R346K e tem uma sublinhagem BA.1.1. que, juntamente com o pai BA.1, foi responsável pela maioria dos casos de Ómicron na fase atual da pandemia.