A Covid-19 pode afetar a circulação arterial, causando trombose venosa, embolia pulmonar, tromboembolismo arterial, dissecção arterial e alteração da microcirculação, levando a alterações circulatórias muito graves.

“Já foi estudado e comprovado que chega a ser três vezes maior a incidência de tromboembolismo venoso em pacientes com Covid-19 severa, mesmo quando comparado com outros pacientes graves em ambiente de UTI, mas que não possuem a doença infecciosa”, afirma o cirurgião vascular Ivan Benaduce Casella, membro da Comissão de Tromboembolismo Venoso da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).
Lumena Aleluia lançou seu perfil em plataformas de conteúdo adulto por assinatura e contou sobre a decisão em entrevista à “Marie Claire”.


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“A hipersexualização de mulheres negras sempre foi uma questão para mim. Especialmente ao nível da pesquisa, na minha formação. Não dá para desconsiderar, inclusive, que o cenário do feminicídio no Brasil mata mais mulheres negras. A sexualização tem a ver com isso. Mas no extremo oposto existe uma invisibilização de mulheres negras”, falou.

“No meu caso, poderia até denominar como repressão. Acho que, na tentativa desesperada de romper com a personagem da “mulata”, eu me escondi de maneira extrema, até desesperada. Por muito tempo mantive uma persona que escondia o corpo e reprimia desejos, fugia de qualquer situação que envolvesse liberdade com o corpo. Acho que ter ido para o reality também foi uma tentativa de sair do armário em todos os sentidos. Inclusive de questionar uma persona que vinha de uma militância radical”, continuou.

“Sou uma Lumena que também gosta de moda, que escondeu a vaidade por muito tempo, mas, hoje em dia, me produzo, faço as unhas, coloco cílios. E isso em nada diminui a produção da minha pesquisa intelectual. Acho que este momento é uma oportunidade que tenho de equilibrar essas duas vivências e essas duas Lumenas. Poderia até brincar: “Da militância ao OnlyFans! Me autorizo”. Esse ensaio demarca uma jornada que estava aqui, engavetada”, completou.


A trombose é a formação de coágulos no interior das veias e artérias, que causam a obstrução total ou parcial dos vasos. Os locais de maior incidência da doença são as extremidades, principalmente pernas e pés. Os sintomas de trombose são dor, inchaço e mutação de cor e temperatura, principalmente dos membros periféricos, como pernas, pés, braços e mãos.

Outras alterações circulatórias apresentam inchaço e dor nos membros (pernas e/ou braços) como sintomas.“A dor geralmente é de início súbito, que pode ser em membros como também em tórax e abdômen. O diagnóstico especializado realizado pelo cirurgião vascular não necessita de internação e é bem rápido”, explica o cirurgião.

Os anticoagulantes vêm sendo usados nos hospitais no auxílio do tratamento da infecção com o vírus SARS-Cov-2, em pacientes na fase moderada ou aguda da doença.

Pessoas com pré-disposição à trombose, quando diagnosticadas com Covid-19, precisam de acompanhamento com angiologista ou cirurgião vascular, para evitar a coagulação excessiva durante a infecção, explica o cirurgião vascular Ivan Benaduce Casella, membro da Comissão de Tromboembolismo Venoso da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Segundo o médico, é importante que esses pacientes, durante o quadro da doença, mantenham supervisão da especialidade mesmo após a recuperação.

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O médico explica ainda que, principalmente em casos moderados e graves, há um grande processo inflamatório no organismo que, consequentemente, leva à formação de trombos (coagulações de sangue no interior do vaso sanguíneo).

“Para quem teve Covid-19, particularmente nas formas mais severas, há uma tendência de risco de eventos de trombose venosa nas quatro semanas após o período de recuperação. Então, essas pessoas devem prestar atenção a edemas [inchaço] unilaterais – de uma única perna – ou sintomas súbitos ventilatórios, quando a pessoa sente falta de ar ou dor torácica. Esses são alguns dos sintomas de tromboembolismo venoso”, alerta Casella.

O cirurgião vascular e presidente da SBACV, Bruno Naves, explica que o uso de anticoagulantes associado ao tratamento da infecção precisa de cautelas. “O coronavírus não é a única doença do mundo. Ela pode ser uma pandemia no momento, mas os pacientes continuam a ter hipertensão, diabetes, apendicite, enfim. A vida e as doenças continuam. Então, quando um paciente está internado em estado grave, é avaliado pelo médico assistente que vai analisar os riscos e benefícios do uso de cada medicamento”, afirma o especialista.

Segundo a SBACV, 82% dos angiologistas e cirurgiões vasculares tiveram pacientes com o novo coronavírus com trombose nos membros inferiores. Enquanto 12% dos médicos atenderam pacientes com o quadro nos membros superiores. “O desenvolvimento de tromboses, seja arterial ou venosa, em membros superiores é muito pequeno. Com a Covid-19, observamos que este número foi muito maior do que o observado na prática do dia a dia”, disse o cirurgião vascular Marcelo Calil Burihan. Cerca de 66% dos médicos vasculares tiveram ao menos um paciente que evoluiu para amputação do membro afetado.