Nas capitais do Brasil, 20 das 27 têm indícios de crescimento de casos de Covid-19 na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), plano piloto e arredores em Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN) Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

O levantamento é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (26). A análise aponta que 18 das 27 Unidades Federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: AC, AL, AM, AP, BA, DF, GO, MG, MT, PR, RJ, RN, RR, RS,  SC, SP, SE e TO.

De acordo com a Fundação, a previsão é de continuidade da tendência de aumento dos casos de Covid-19 em todas as regiões do país. Cerca de 48% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registradas nas últimas quatro semanas foram em função da Covid-19. Em relação aos óbitos por SRAG, 84% das notificações foram relacionadas ao Sars-CoV-2 (Covid-19). A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 20, período de 15 a 21 de maio.

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O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe da Fiocruz, afirma que os dados atuais indicam a permanência da associação dessa tendência de crescimento de SRAG com o aumento de casos de Covid-19. “Essa propensão vem sendo observada desde a Semana Epidemiológica 17 (de 24 a 30 de abril). A estimativa é de 6,0 [5,3 – 6,9] mil casos de SRAG na SE 20”, disse Gomes.

Em crianças de zero a quatro anos, continua a predominância do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), seguido dos casos de rinovírus, Sars-CoV-2 e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias, o Sars-CoV-2 é predominante entre os casos com identificação laboratorial. No Rio Grande do Sul, observa-se presença de casos positivos para Influenza A (gripe) em diversas faixas etárias nas semanas recentes, com sinal de possível crescimento, ainda que em volume relativamente baixo.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,5% para Influenza A; 0,4% para Influenza B; 30,1% para VSR; e 48,1% para Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,4% para Influenza A; 0% Influenza B; 6,6% para VSR; e 84% para Sars-CoV-2. Nos casos positivos de 2022, 5,1% são Influenza A; 0,1%, Influenza B; 8,1%, VSR; e 81,5%, Sars-CoV-2.