Pesquisadores do King’s College de Londres, no Reino Unido, concluíram que a Covid longa não se manifesta da mesma maneira em todos os pacientes. Por isso, o tratamento deve ser individualizado.

A Covid longa é a permanência dos sintomas por ao menos três meses após a infecção da Covid-19. Os pesquisadores analisaram quase 1.500 pacientes e dividiram a Covid longa em três categorias: sintomas neurológicos; sintomas respiratórios e demais queixas. O novo estudo foi publicado esta semana na plataforma de pré-prints MedRxiv. Veja as categorias:

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Sintomas neurológicos

Composto pelo maior número de pessoas. Os pacientes sentem fadiga, névoa mental, dores de cabeça, dificuldades de concentração e perda de memória. Foi o mais comum entre os pacientes que se infectaram durante as ondas das variantes Alfa e Delta.

Sintomas respiratórios

Os pacientes sentem falta de ar grave, tosse contínua e dores no peito que podem sinalizar danos no pulmão. Foi prevalente durante a primeira onda da Covid-19, com a primeira cepa do vírus e quando a população não estava vacinada.

Demais sintomas

Sintomas persistentes de palpitações no coração, dores musculares e alterações na pele e no cabelo.

“Esses dados mostram claramente que a síndrome pós-Covid não é apenas uma condição, mas parece ter vários subtipos. Nossas descobertas coincidiram com a experiência das pessoas que vivem com a Covid há muito tempo. Compreender as causas desses subtipos pode ajudar a encontrar estratégias de tratamento. Além disso, esses dados enfatizam a necessidade de os serviços médicos para Covid longa incorporarem uma abordagem personalizada e sensível às questões de cada indivíduo”, disse a professora do Departamento de Genética e Epidemiologia da instituição e uma das autoras do estudo Claire Steves, em comunicado, segundo O Globo .

Segundo os pesquisadores, a vacinação contra a Covid-19 além de proteger contra formas graves da doença também reduz o risco de Covid longa.