26/01/2022 - 2:08
“A resposta imunológica medida no soro sanguíneo revelou anticorpos mais abundantes e mais eficazes do que a imunidade gerada apenas pela vacinação”, indicam as conclusões da pesquisa da Oregon Health & Science University (OHSU), dos Estados Unidos, publicadas na revista Science Immunology.
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O estudo foi realizado antes do surgimento da variante Ômicron, mas os pesquisadores esperam que as respostas imunes híbridas sejam semelhantes com a nova variante considerada altamente transmissível.
“Não faz diferença se uma pessoa é infectada e depois vacinada ou se é vacinada e depois infectada. Nos dois casos, obterá uma resposta imunológica muito robusta – incrivelmente alta”, assegurou Fikadu Tafesse, coautor do estudo e professor de microbiologia molecular e imunologia na OHSU, citado no comunicado da universidade.
A pesquisa envolveu um total de 104 pessoas vacinadas contra a covid-19 e divididas por três grupos: 42 vacinados sem infecção, 31 vacinados após uma infecção e outros 31 que ficaram infectados depois da vacinação.
Com os participantes no estudo controlados por idade, sexo e tempo de vacinação e infecção, os cientistas recolheram amostras de sangue de cada participante que foram expostas a três variantes do vírus SARS-CoV-2 vivo em ambiente de laboratório.
Os especialistas do OHSU chegaram à conclusão de que os dois grupos com “imunidade híbrida” – infectados e vacinados – geraram maiores níveis de imunidade em comparação com o grupo que foi vacinado sem infecção.
Para Marcel Curlin, especialista de infectologia na instituição norte-americana, a imunidade conferida pela infecção natural “é variável” de pessoa para pessoa, mas, quando combinada com a vacinação, “quase sempre fornece respostas muito fortes”.
“Esses resultados apontam para um momento em que o SARS-CoV-2 pode se tornar endêmica, como uma infecção sazonal do trato respiratório, em vez de uma pandemia”, salientou Marcel Curlin.