24/08/2005 - 7:00
cozinha sempre foi vista como um espaço sem glamour dentro de casa. Receber visitas em um ambiente impregnado de fumaça e cheiro de gordura? Nem pensar. Nos últimos tempos, contudo, ocorreu uma pequena reviravolta doméstica, e o canto do forno e fogão ganhou status de sala principal. Um dos principais incentivadores desse fenômeno é a indústria da decoração. Cada vez mais, fabricantes de produtos para a cozinha inovam com objetos de linhas modernas. É o belo desenho de mãos dadas com a gastronomia. A italiana Falmec, conhecida por fabricar coifas que custam até R$ 10 mil, pôs o Brasil na rota entre os principais mercados mundiais. A empresa, que faturou 30 milhões de euros no ano passado, acaba de construir uma fábrica em Bangu, no Rio de Janeiro. É a primeira unidade fora da Itália. Com um investimento de R$ 15 milhões, ela produzirá 20 mil peças por ano e atenderá todo o continente americano. ?Desde 2002, as vendas da Falmec crescem a uma média de 35% anuais?, diz Peri Olhovetchi, diretor da marca no Brasil.
O segredo nesse negócio é ter, além de produtos funcionais, ancorados na tecnologia, objetos que esbanjem elegância. Os modelos da Falmec são desenhados no estúdio da empresa em Treviso, na Itália. ?Não vendemos apenas uma cozinha?, diz Olhovetchi. ?Oferecemos qualidade de vida?. Quem lida diariamente com a arte da culinária atesta a importância de apetrechos que facilitem a vida. ?Um bom fogão e uma boa coifa são indispensáveis?, diz o gourmet István Wessel. ?Podem custar caro, mas duram anos?. É com estes argumentos que os mais de 350 revendedores Falmec no Brasil trabalharão para sugar a atenção dos consumidores.