Destaque no pregão

A CPFL Energia pagou R$ 1 bilhão por 100% das ações da Bons Ventos Geradora de Energia, sendo R$ 600 milhões em dinheiro e o restante na assunção de uma dívida de R$ 462 milhões. A Bons Ventos, que possui capacidade instalada de gerar 157,5 MW de energia eólica no litoral cearense, tem contratos de 20 anos com a estatal Eletrobras, que paga em média R$ 284 o MWh, mais que o dobro do preço conseguido nos últimos leilões promovidos pelo governo. A aquisição ainda depende de anuência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do BNDES, do Banco do Nordeste e do Nordic Investment Bank, além de ser submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.

 

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Palavra de analista: 

Os analistas da corretora paulista Concórdia afirmam em relatório que a aquisição foi positiva para a CPFL e que o valor pago por MW na operação é inferior ao das aquisições mais recentes da empresa. A corretora recomenda a manutenção do papel em carteira.

 

 

 

 

Papéis avulsos

 

Marfrig aposta na Seara

 

A Marfrig de Marcos Molina vai reestruturar seus negócios de carnes processadas, integrando as operações da Seara, Moy Park e Keystone Foods. A decisão trará sinergia de até R$ 330 milhões por ano e foi bem-recebida pelo mercado. Com dívidas de R$ 8 bilhões e precisando cortar custos, a Marfrig acertou a mão, diz Henrique Koch, do BB. “Os  processados têm muito valor agregado, então faz sentido dar visibilidade a essa área”, afirma. Seara, Moy Park e Keystone respondem por 65% do faturamento da Marfrig. 

 

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Educação financeira

 

O livro Financiamentos de longo prazo, de Paulo Gurgel Valente, ensina a obter capital de longo prazo para investir em projetos.Ed. Campus Elsevier, 160 páginas, R$ 39,90.

 

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Bens de consumo


Mundial encerra conversão de ações

 

A Mundial converteu suas ações preferenciais em ordinárias na sexta-feira 2. A partir dessa data, todas as preferenciais foram trocadas por ações com direito a voto na proporção de 0,8 preferencial para cada ordinária. Segundo Michel Ceitlin, presidente da Mundial, a próxima etapa é migrar para o Novo Mercado.

 

 

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Prejuízo para ninguém botar defeito

 

A crise mundial custou caro aos investidores. Dados do Instituto Assaf, de São Paulo, mostram que, entre 2008 e 2011, o valor de mercado das bolsas mundiais caiu 12% em relação a dezembro de 2007. Em dinheiro, essas perdas equivalem a US$ 50,4 trilhões ou R$ 85,935 trilhões. Uma cifra tão grande é difícil de imaginar. Basta pensar que, com esse dinheiro é possível comprar:

 

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Quem vem lá


BTG abrirá capital no Brasil e na Europa

 

O BTG Pactual, de André Esteves, tornou oficial sua decisão de abrir capital. Em fato relevante divulgado na quinta-feira 1º, o banco de investimentos registrou uma oferta primária e secundária de Units no nível I da BM&FBovespa. A oferta no Brasil será feita de maneira simultânea ao lançamento de ações na Euronext Amsterdam. Segundo o Wall Street Journal, a oferta ficará entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões, com um possível lote adicional de até 30%. A data para oferta não está definida. Procurado, o BTG não comentou o assunto.

 

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Fique de Olho: O banco recebeu US$ 1,8 bilhão de investidores institucionais, principalmente asiáticos, no fim de 2010. Esses investidores compraram 18,65% do BTG, o que estabeleceu, na ocasião, um valor de 

US$ 10 bilhões para o banco.

 

 

  

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Touro x Urso

 

Março promete ser um mês dos touros. Depois de avançar em fevereiro, o Índice Bovespa deverá ter mais fôlego nas próximas semanas. A razão é o pacote de ajuda aos bancos na Europa. Além de reduzir a tensão, esses movimentos injetam bilhões de euros no mercado. A expectativa é que pelo menos uma fração desse capital venha para cá. 

 

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Mercados em números


Paraná Banco

206,1% - Foi o avanço do lucro líquido do banco no ano passado, que cresceu para R$ 359,4 milhões. As operações de crédito somaram R$ 1,894 bilhão, alta de 22,1%.

 

BM&FBovespa

R$ 8,3 bilhões - Foi o volume médio diário de negociações na bolsa em fevereiro. O valor é um recorde histórico para o mês. 

 

Marcopolo 

R$ 344 milhões - Foi o lucro anual da companhia em 2011. O volume é 16,3% maior que o registrado em 2010. O Ebitda subiu 16,5%, para R$ 344 milhões. 

 

Randon

R$ 50 milhões - Foi o lucro líquido da empresa de veículos no ano passado. O resultado representa uma queda de 36% ante 2010. 

 

Qualicorp 

R$ 8,8 milhões – Foi o lucro líquido auferido pela empresa de planos de saúde no quarto trimestre de 2011. O resultado reverteu um prejuízo de R$ 19,06 milhões do mesmo período do ano anterior. A receita líquida cresceu 41,4%, passando de R$ 135,5 milhões para R$ 191,7 milhões. 

 

 

 

 

 

Pelo mundo


Produção da Toyota cresce 17,6%

 

A Toyota produziu 809.630 veículos no mundo em janeiro, alta de 17,6% ante o mesmo mês de 2011. As vendas no Japão cresceram 41,9%, enquanto as exportações avançaram 6,4%. Na segunda-feira 27, quando os números foram anunciados, as ações da empresa fecharam estáveis a 3.400 ienes.

 

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Lucro da Noble cai 57% 

 

A Noble Group, maior trading da Ásia, anunciou queda de 57% no lucro no quarto trimestre do ano passado, para US$ 105,7 milhões. As vendas, por sua vez, subiram 15%, fechando a US$ 20,1 bilhões. Na terça-feira 28, dia do anúncio, as ações da companhia subiam 0,36%, em Cingapura. 

 

 

  

 

Transocean gastará US$ 1 bilhão no México 

 

A transportadora Transocean provisionou US$ 1 bilhão para pagar indenizações referentes ao derramamento de óleo no Golfo do México em 2010. A empresa registrou um prejuízo de U$S 6,12 bilhões. Mesmo assim, na segunda-feira 27, as ações subiram 5,3%, para US$ 53,43 em Nova York, o maior nível desde 10 de outubro. 

 

 

 

 

 

Paranapanema investe os seus cobres

 

As ações da Paranapanema migraram para o Novo Mercado. A empresa deve investir R$ 510 milhões até 2013 para ampliar sua produção de cobre refinado e buscar a liderança do mercado. O presidente Luiz Antonio Ferraz conta como pretende diminuir a dependência do concentrado de cobre importado e agregar valor à empresa.

 

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Luiz Antonio Ferraz, presidente: investimentos de R$ 510 milhões.

 

As ações ganharão mais liquidez no Novo Mercado?

Sim. Desde 2006 pertencíamos ao nível 1 de governança corporativa. Em 2007 concedemos tag along aos minoritários, tanto os que tinham ações ordinárias quanto preferenciais. Mudando para o Novo Mercado podemos ter acesso a novos recursos para tocar projetos como o de pequena e média mineração. Também podemos melhorar a liquidez. Alguns investidores institucionais só investem em companhias com alto grau de governança. Quanto maior a transparência, melhor para seguir com projetos de expansão.

 

Quais são os projetos?

Em maio iniciaremos o projeto de  ampliar a produção de cobre refinado de 230 mil toneladas para 280 mil toneladas por ano. Vamos investir em tecnologia, reduzir custos fixos e crescer. Vamos ampliar a produção de tubos de 16 mil para 36 mil toneladas por ano em julho. Na parte de laminados, saltaremos de 27 milhões para 55 milhões de toneladas por ano. A parte de laminados a frio vem para São Paulo e a parte quente vai para o Espírito Santo. Ainda no primeiro semestre vamos apresentar um projeto em pequena e média mineração.

 

O que é isso?

Nós compramos 60 mil toneladas de concentrado de cobre por mês. Uma mineração pequena produz 80 mil toneladas por ano. Essas minas são antieconômicas para uma Vale, por exemplo. Para nós, porém, elas podem reduzir as importações do Chile, que respondem por 32% do nosso consumo. 

 

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Colaboraram: Fernanda Pressinott e Fernando Teixeira