03/08/2021 - 12:14
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou uma série de requerimentos para avançar nas investigações após o recesso parlamentar. As convocações e o acesso a novas informações aprovados nesta terça-feira, 3, fecham ainda mais o cerco contra governo do presidente Jair Bolsonaro na investigação de um suposto esquema de corrupção no governo. No total, 130 requerimentos foram aprovados, conforme pauta divulgada pela comissão.
Entre os requerimentos aprovados pela CPI, estão:
– A CPI aprovou um requerimento para pedir à Justiça para afastar a secretária Mayra Pinheiro da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde;
– A CPI aprovou a quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), acusado de atuar no favorecimento de contratos no Ministério da Saúde sob suspeitas;
– A CPI aprovou uma série de requerimentos para convocar e quebrar os sigilos bancário e fiscal de representantes da VTC Logística, empresa que atua na distribuição de vacinas e é suspeita de superfaturar contratos no Ministério da Saúde;
– Os senadores também decidiram quebrar os sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que denunciou um suposto esquema de corrupção na compra da Covaxin e disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas.
– A CPI aprovou a quebra de sigilos de Cristiano Carvalho e Luiz Paulo Dominghetti Pereira, que tentaram vender vacinas para o Ministério da Saúde em nome da Davati sem comprovar a capacidade de entrega, e do reverendo Amilton Gomes de Paula, apontado como intermediador entre o governo e empresas que ofertaram imunizantes;
– A comissão aprovou uma nova convocação do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. Informações recentes apontaram para a atuação do ex-número 2 de Eduardo Pazuello para facilitar a compra de vacinas em negociações suspeitas;
– A CPI decidiu quebrar o sigilo bancário de representantes de sites acusados de propagar conteúdos falsos na pandemia, além de empresas que promoveram medidas anticientíficas na internet.