O celular é a mais nova ferramenta de análise de empréstimos para os trabalhadores informais. Instituições brasileiras que atuam na área de microcrédito, mercado estimado em R$ 11 bilhões por ano, descobriram que podem agilizar os negócios com a ajuda de mensagens de texto. Até agora, a concessão de recursos era feita com caneta e papel: os funcionários buscavam clientes na rua. Ninguém imaginava que o celular, usado para falar com a central de atendimento, oudesse mudar isso. Mas a empresa carioca Locus desenvolveu um sistema de aprovação de crédito que utiliza as mensagens de texto (SMS). Em lugar do papel, basta o CPF do cliente, que é digitado no telefone móvel do agente. Os dados são enviados para os computadores da instituição de microcrédito, que varre o Serviço de Proteção de Crédito e a Serasa. A resposta chega em cinco minutos. Emprestar ao mercado informal é uma operação de risco, mas de alta rentabilidade. Pelos dados do Banco Central, há hoje no Brasil 160 instituições de microcrédito, responsáveis pelo atendimento a 160 mil pessoas. Cada uma delas pode emprestar até o limite de R$ 10 mil por operação. ?Queremos ter 40 clientes desse mercado antes do final do não?, diz Luiz Guilherme de Mendonça, diretor da Locus.