O número de profissionais de saúde afastados por conta da Covid-19 não para de subir. Só em uma semana, o número de profissionais de saúde contaminados com a Covid-19 e atingiu a marca de 2.688 afastamentos de médicos, enfermeiros, agentes de saúde, psicólogos, entre outros, que atuam na rede pública da cidade de São Paulo, conforme boletim da prefeitura, divulgado na sexta-feira (21).

Os dados, conforme dados do g1, mostram aumento de 91,6% na comparação com o dia 13 de janeiro, quando a Capital tinha 1.403 profissionais afastados com Covid. Em relação a outras síndromes gripais, com a Influenza, o crescimento foi de 43,55%, passando de 1.683 para 2.416 em uma semana.

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Na semana passada, trabalhadores da saúde realizaram protesto na Prefeitura por mais contratações para atenção primária. De acordo com o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), da primeira para a segunda semana de 2022, o número de profissionais afastados subiu em mais de 100%, prejudicando ainda mais as equipes já desfalcadas no atendimento à população.

A representante do Simesp, Vanessa Araújo, explica que a principal reinvindicação da categoria é a contratação imediata de profissionais para o atendimento à atenção primária.

“Temos muito desfalque por conta da Ômicron, mas antes também já tinha muito desfalque UBS (Unidade Básica de Saúde). Ao mesmo tempo que tem equipe desfalcada tem aumento no número de casos que não era dessas unidades atenderem, o que leva a uma sobrecarga”, diz.

Vanessa calcula que o desfalque de trabalhadores ficaria entre 1.000 e 1.300 profissionais. A categoria afirma ainda que há desfalque de material básico, luva, lençol, faltando equipamento básico, medicações simples e condições precária de infraestrutura.

Os profissionais tinhas a intenção de iniciar uma greve, mas uma decisão judicial não permitiu a manifestação e uma audiência foi marcada para o dia 27.