26/08/2019 - 12:42
Crime cibernético segue o mesmo modelo de qualquer crime ao longo da história. Se há cerco, muda-se o padrão. Explodir caixa eletrônico sai de moda. Entra sequestro relâmpago. Polícia apertou, vem nova modalidade. Com as empresas de mídia social, como Facebook e Twitter, tentando reprimir contas falsas, os golpistas estão se voltando para pessoas reais – ou melhor, contas roubadas de pessoas reais – para divulgar mensagens.
De acordo com pesquisa da Arkose Labs, empresa de prevenção de fraude, 53% das tentativas de login em contas de mídia social são tentativas de invasão automatizadas por fraudadores. E não pense que ser hackeado é tão difícil. Programas passam rapidamente por milhões de combinações de nome de usuário e senha, selecionadas a partir de probabilidades cada vez mais consistentes.
“Se esse usuário [hackeado] estiver na plataforma há alguns anos, [a empresa de mídia social] terá muito menos probabilidade de agir contra ele do que com uma conta recém-criada”, diz Kevin Gosschalk, CEO da Arkose Labs, em reportagem da Fast Company, publicação dedicada à cultura digital e novos modelos de negócios.