O bitcoin caía na tarde desta terça-feira, 5, interrompendo um rali que levou a moeda digital a alcançar recorde histórico acima de US$ 69 mil mais cedo. O movimento de alta, contudo, deu espaço a realizações. O desempenho da moeda digital ocorre em um contexto de fluxos de entrada nos ETFs cripto nos Estados Unidos e expectativas para um ajuste chamado halving.

O halving, que acontece a cada quatro anos, reduz pela metade a quantidade de bitcoins que podem ser desbloqueados pelos mineradores. A teoria é que a redução pela metade limitaria a oferta de bitcoin, tornando-o mais uma reserva de valor.

O CEO da Digitra.com, Rodrigo Batista, disse que o rali recente do bitcoin reflete uma disparada iniciada em fevereiro deste ano, apoiada em elementos como a aprovação de ETFs do ativo, a expectativa do halving em abril e uma melhora do cenário macroeconômico mundial.

“Após o movimento à marca histórica, naturalmente, houve uma realização de lucros que costuma acontecer ao redor de níveis de preços muito esperados pelo mercado, trazendo o bitcoin de volta aos US$ 65 mil”, disse. Para o analista da corretora, a queda é saudável para a manutenção de uma trajetória de alta consistente posteriormente. No entanto, pode haver um período de consolidação de preço, no qual o BTC permaneça ao redor dos US$ 65 mil, projetou.

Os ETFs à vista, que foram aprovados pelos reguladores dos EUA em janeiro permitiram que investidores comuns comprassem o ativo digital por meio de suas contas em corretoras, sem ter que ir a uma bolsa de criptomoedas ou a fundos que rastreiam o preço do bitcoin por meio de contratos futuros.

Pouco depois das 17h (de Brasília), o bitcoin cedia 7,87%, aos US$ 62.018,66,99 (R$ 308.416,80), e o ethereum recuava 4,58%, a US$ 3.428,14 (R$ 17.038,70), de acordo com a Binance.

*Com informações da Dow Jones Newswires