07/01/2025 - 18:04
O bitcoin recuou nesta sessão, voltando a ficar abaixo dos US$ 100 mil, em um período que vem sendo marcado pelas expectativas de que medidas práticas a administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará quanto ao setor cripto a partir de sua posse, em 20 de janeiro. Analistas observam que alguns potenciais investidores de maior escalão devem estar aguardando uma redução de volatilidade para direcionar eventuais compras.
Segundo a Binance, o bitcoin recuava 5,40%, a US$ 96.430,04, por volta das 17h00 (de Brasília). Já o ethereum caia 8,34%, a US$ 3.380,01.
Há dúvidas sobre quantos compradores dispostos existem além da empresa de software MicroStrategy, que recentemente divulgou planos para levantar US$ 2 bilhões para comprar ainda mais bitcoin. A equipe de estratégia de mercados globais do J.P. Morgan escreveu em um relatório que a MicroStrategy comprou cerca de US$ 22 bilhões dos US$ 78 bilhões em bitcoin e fundos cripto que foram adquiridos em 2024. “Em outras palavras, apenas as compras de bitcoin da MicroStrategy representaram 28% do fluxo recorde de capital do ano passado para os mercados de cripto”, apontaram.
David Foley, sócio-gerente do Bitcoin Opportunity Fund, bem como na MicroStrategy e em outras empresas públicas e privadas que têm ligações com a criptomoeda, disse que deveria haver interesse generalizado de grandes investidores institucionais bem como mais empresas que desejam adicionar bitcoin às suas carteiras corporativas. “Você está vendo muitas pequenas empresas comprando bitcoin, mas ainda não tantas gigantes como a MicroStrategy”, disse ele. No entanto, as empresas maiores podem estar esperando que o bitcoin se torne menos volátil. Foley apontou que o bitcoin ainda está mais correlacionado com ações de tecnologia mais arriscadas do que com o ouro.
Rostin Behnam, presidente da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), alertou hoje sobre lacunas na regulamentação de criptomoedas nos EUA, destacando a necessidade de supervisão mais abrangente diante da crescente adoção por investidores e instituições financeiras, segundo a Bloomberg. Behnam, que deixará o cargo em 20 de janeiro, após quatro anos à frente da CFTC, liderou ações importantes, como o acordo de US$ 4,3 bilhões com a Binance em 2023. Ele defende que a agência seja reguladora de ativos digitais considerados commodities. Além disso, expressou preocupações sobre a legalidade e o impacto social de mercados de apostas em eventos políticos e sensíveis, pedindo diretrizes mais claras para seu sucessor. (COM INFORMAÇÕES DOW JONES NEWSWIRES)