12/06/2025 - 16:15
O bitcoin operou em baixa nesta quinta-feira, 12, seguindo um sentimento de cautela nos mercados, que está ligado às renovadas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e à falta de detalhes sobre o acerto comercial anunciado com a China, assim como a escalada de tensões no Oriente Médio.
Por volta das 16 horas (horário de Brasília), o bitcoin caia 1,13% sendo negociado a US$ 107.544,75, enquanto o Ethereum recuava 2,98%, cotado a US$ 2.733,97, segundo dados da Binance.
As preocupações com as tensões no Oriente Médio também estão crescendo após os EUA ordenarem a saída de pessoal não essencial de partes da região em meio a preocupações com a segurança.
“O apetite dos investidores pelo risco diminuiu em geral devido às tensões contínuas no conflito comercial e aos desenvolvimentos geopolíticos que causam nervosismo nos mercados”, afirma Jochen Stanzl, da CMC, em nota.
“Não estamos apenas assistindo ao bitcoin quebrar recordes – estamos presenciando o fim de uma era. A volatilidade já definiu as criptomoedas. Agora, a força sustentada aponta para um mercado em amadurecimento moldado pela utilidade no mundo real, progresso regulatório e adoção global”, disse Roshan Robert, CEO da OKX nos EUA.
Observando o histórico e os padrões cíclicos, o bitcoin deve se sair bem por mais um ano e, em seguida, ter um ano de baixa em 2026, disse Brett Knoblauch, analista da Cantor Fitzgerald.
No entanto, o mundo das criptomoedas está evoluindo. “Nunca tivemos um governo pró-criptomoedas ou esse nível de adoção institucional”, disse Knoblauch, diretor administrativo de pesquisa de criptomoedas e ativos digitais na corretora. “O bitcoin agora é essa reserva global para lutar contra a desvalorização monetária. Estou otimista sobre o seu futuro. Acredito que o ambiente mais amplo será bastante favorável pelos próximos cinco a seis meses.”
Enquanto isso, o presidente do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), Klaas Knot, afirmou hoje que há muito tempo o organismo defende que as criptomoedas ainda não representam um risco sistêmico, mas que desenvolvimentos recentes sugerem que podemos estar nos aproximando de um ponto crítico. Em discurso em reunião do FSB, ele lembrou que as barreiras para usuários de varejo diminuíram significativamente, principalmente com a introdução de ETFs de criptomoedas.