O bitcoin operou em queda nesta terça-feira, 31, mas encerra o ano praticamente dobrando seu valor na comparação anual. A criptomoeda recebeu impulso das eleições nos EUA e analistas apontam que a continuidade do rali em 2025 dependerá da implementação de políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em seu segundo mandato.

Segundo a Binance, o bitcoin caía 0,5%, a US$ 93.707,22, nas últimas 24 horas e tinha queda de 3,5% no mês, por volta das 17h (de Brasília). Contudo, a criptomoeda saltou 55,62% no trimestre. Já o ethereum tinha baixa de 1,51%, a US$ 3.344,45, nas últimas 24 horas e queda de 9,62% no mês, mas registrava ganhos de 41,01% no trimestre e de 42,16% no ano.

O bitcoin falhou em sustentar os ganhos que o levaram acima da marca de US$ 100 mil em 2024, fechando o ano abaixo dos três dígitos. Contudo, a criptomoeda teve valorização de 112,07% no ano – e alguns operadores do mercado especulam que há espaço para aumento dos preços em 2025. Segundo o Wall Street Journal, a casa de apostas britânica Star Sports aponta probabilidade de 6 por 1 para o bitcoin ultrapassar US$ 200 mil no próximo ano.

Entre analistas, o consenso parece ser de que a eleição de Donald Trump nos EUA abriu novas perspectivas favoráveis para criptomoedas, com expectativa de que a regulamentação flexível do mercado amplie a demanda pelos ativos, embora a alta volatilidade dos preços permaneça.

Diretor de Pesquisa na corretora Galaxy Digital, Alex Thorn espera uma “combinação de adoção corporativa, institucional e estatal” do bitcoin capaz de alavancar novamente os preços em 2025.

Analista da newsletter Crypto is Macro Now, Noelle Acheson não acredita que Trump efetivará a criação de uma reserva estratégica de bitcoins em 2025, mas prevê que um projeto de lei amplo sobre criptomoedas será proposto e possivelmente aprovado na Câmara dos Representantes dos EUA no próximo ano, com aprovação total do Congresso em 2026. Acheson projeta que uma legislação para regulamentar stablecoins também será contemplada nos EUA, permitindo sua emissão por instituições não-bancárias.

*Com informações da Dow Jones Newswires