Criada, em 2011, com o objetivo de repetir a trajetória bem sucedida da Embraer, a Harpia, fabricante de veículos aéreos não tripulados (drones), controlada por uma joint   venture entre a empresa comandada pelo CEO Frederico Curado,  a AEL Sistemas (subsidiária brasileira da israelense Elbit System)  e pela Avibras, de São José dos Campos, está fechando as portas. 

Segundo o lacônico comunicado distribuído pela Embraer, a parceria foi abatida pela crise econômica, “tendo em vista o atual cenário de restrição orçamentária.”

Além de atender as encomendas da  Estratégia  Nacional de Defesa, a Harpia estava de olho num mercado global que deve movimentar  US$ 90 bilhões nos próximos 10 anos. Seu primeiro modelo, o Falcão, que teve como base um protótipo desenvolvido pela Avibras, com 11 metros de envergadura e 800 quilos, foi apresentado em setembro do ano passado, por Rodrigo Fanton, presidente da Harpia. 

Segundo ele, o drone, no qual foram investidos R$ 85 milhões seria utilizado em operações de vigilância marítima e de fronteiras,  busca de salvamento, combate ao tráfico e crimes ambientais, bem como na  segurança e monitoramento de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. 

Capaz de atingir a velocidade de 180 quilômetros por hora, a 1.5000 pés de atitude, o Falcão tem autonomia para 16 horas de voo e equivale, em tamanho, ao caça Tucano, da Embraer.