19/01/2021 - 9:57
Uma crise social devido à pandemia de coronavírus no curto prazo, um colapso financeiro no médio prazo e, no longo prazo, conflitos com armas de destruição em massa em um contexto de mudanças climáticas preocupam a elite econômica mundial – aponta levantamento do Fórum de Davos publicado nesta terça-feira (19).
De acordo com a edição de 2021 do “Global Risks Report” do Fórum Econômico Mundial, entidade responsável pelo encontro anual da elite mundial na cidade suíça de Davos, as epidemias e o aumento da pobreza são os temas que mais ameaçam a estabilidade mundial, não esquecendo possíveis desastres meteorológicos nos próximos dois anos.
Em um horizonte de três a cinco anos, os riscos mais citados são econômicos: a explosão de bolhas financeiras alimentadas nos últimos anos pela generosidade dos bancos centrais, falhas de infraestruturas tecnológicas globais e preocupações com a estabilidade de preços no futuro.
A longo prazo, os membros do Fórum Econômico Mundial expressaram preocupação com a sobrevivência da humanidade por meio do uso de armas de destruição em massa, o colapso de Estados inteiros e a perda da biodiversidade.
“O custo humano e econômico imediato da covid-19 é severo. Ameaça anular vários anos de progresso na redução da pobreza e enfraquecer ainda mais a coesão social e a cooperação internacional”, escrevem os autores do relatório.
O “Global Risks Report” apresenta 841 respostas de parceiros do Fórum Econômico Mundial – empresários, formuladores de políticas, especialistas e chefes de associações – coletadas entre setembro e outubro de 2020.
Devido ao novo coronavírus, este ano, o Fórum de Davos está deixando o aconchegante resort de mesmo nome, propício a compromissos de negócios ambiciosos e discretas reuniões diplomáticas.
Os organizadores planejam uma edição virtual de 25 a 29 de janeiro e um encontro, desta vez presencial, em Singapura, no final de maio.