Na última terça-feira, 17, o deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) propôs a criação de uma comissão externa na Câmara dos Deputados para acompanhar o resgate de brasileiros na Jordânia de forma presencial. De acordo com o parlamentar, o país asiático é rota de brasileiros que fogem no conflito entre Israel e Irã.

Os congressistas Filipe Barros (PL-PR), Fausto Pinato (PP-SP) e o próprio Crivella seriam enviados para o país do Oriente Médio afim de acompanhar “os esforços logísticos e diplomáticos relacionados ao retorno de brasileiros afetados pela guerra em Israel”.

Para ser aprovada, a requisição precisa do aval do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Caso receba sinal verde, os custos seriam pagos pela Casa.

Crivella argumenta que a viagem é necessária, “tendo em vista a escalada do conflito e o agravamento da situação humanitária na região, o que exige ação imediata e coordenada do Parlamento brasileiro em apoio aos seus cidadãos”.

O deputado justifica a criação da comissão afirmando que a presença dos congressistas pode contribuir para a segurança de “dezenas de brasileiros”, através de orientações e “auxílio concreto para deixarem o território em conflito”.

De acordo com Crivella, “a presença de representantes do Congresso Nacional contribuirá para fortalecer os canais de cooperação internacional e garantir que o retorno desses cidadãos ocorra de forma segura”.

O deputado Filipe Barros, um dos que acompanharia a viagem, é presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, que classificou como “lamentável” a nota do Itamaraty que condenou os ataques dos EUA ao Irã. Barros afirmou que o ataque americano foi “corajoso e necessário”, visto que a destruição do programa nuclear iraniano era “desejado por boa parte do mundo”.

Na última segunda-feira, 16, um grupo de 12 prefeitos brasileiros cruzou por terra a fronteira isralense com a Jordânia para fugir do conflito. O grupo viajou a convite de Israel em 8 de junho, para participar de um evento de inovação em segurança pública, sendo pego no meio da escala bélica.