O Certificado de Recebíveis Tributários (CRT) é uma modalidade de título com características semelhantes ao CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e ao CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio).

O primeiro título brasileiro lastreado em créditos tributários foi lançado pelo Grupo Studio e apresentado no final de agosto na Expert XP. A certificação dos créditos tributários, um dos pilares da segurança da operação, é feita pela Fintax, braço tecnológico da Studio Fiscal.

O CRT se destaca por transformar créditos tributários em ativos financeiros, oferecendo tanto uma oportunidade de retorno para investidores quanto uma nova fonte de capital de giro para as empresas que buscam liquidez. Um dos diferenciais do produto é a é a possibilidade de antecipar valores referentes a tributos sem a necessidade de aguardar de seis a doze meses pela restituição do governo federal.

“Embora o empresário pague juros pela antecipação, ele não precisa devolver o principal, já que este valor estava registrado na contabilidade da empresa. Essa solução é particularmente interessante para negócios que desconheciam a existência desses créditos”, afirma Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

Com taxas de juros que variam entre 1,4% e 2,3% ao mês, o CRT oferece uma rentabilidade que pode chegar a 140% do CDI, de acordo com o Grupo Studio. No entanto, o título ainda não está disponível para o público em geral, uma vez que o fundo é fechado e sem captação aberta no momento.

Já a linha de crédito pode ser acessada por empresas com faturamento superior a R$ 10 milhões.

A regulamentação do CRT segue as diretrizes da CVM, sendo uma modalidade inovadora no mercado de certificados de recebíveis, que já engloba produtos como o CRI e o CRA, porém com foco exclusivo na área tributária.

Com uma linha de crédito inicial de R$ 600 milhões, a expectativa do grupo é alcançar R$ 1 bilhão até 2025.